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'Cabe ao Banco Central explicar o que faz e por que faz', diz Galípolo em debate sobre juros

O presidente que assumiu o comando do BC este ano foi alvo de questionamentos dos deputados, que fizeram discursos pela redução da Selic

1 abr 2025 - 12h51
(atualizado às 13h35)
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Resumo
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, defendeu a importância do debate público sobre política monetária e explicou que é papel da autarquia justificar suas ações, diante de críticas recebidas na Câmara dos Deputados em relação à alta taxa Selic.
Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, na sessão de homenagem à autarquia nesta terça-feira, 1º
Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, na sessão de homenagem à autarquia nesta terça-feira, 1º
Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta terça-feira, 1º, acreditar que é papel da autarquia "explicar o que faz e por que faz" com relação aos juros no Brasil. A fala foi feita durante a sessão de comemoração aos 60 anos do BC, na Câmara dos Deputados.

"É absolutamente bem-vindo que a discussão de política monetária vá ganhando cada vez mais espaço no debate público, isso é essencial, e é importante e é óbvio que ela é legítima especialmente por quem foi democraticamente eleito, e tem todo o direito. Cabe a gente do Banco Central explicar o que faz e por que faz. É a nossa obrigação e esse debate é muito bem-vindo para todos nós", afirmou Galípolo.

O presidente que assumiu o comando do BC este ano foi alvo de questionamentos dos deputados, que fizeram discursos pela redução da taxa básica de juros, a Selic. Enquanto os convidados para compor a mesa em homenagem ao BC exaltaram a importância da autoridade monetária, os parlamentares reclamaram do nível da Selic, atualmente em 14,25%.

A atualização mais recente feita pelo Banco Central foi em 19 de março, quando a taxa básica de juros retornou ao mesmo patamar da crise do governo Dilma Rousseff (PT). Na ata da reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) ainda sinalizou mais um aumento no próximo encontro, previsto para maio.

"Eu venho em nome do povo brasileiro dizer a vocês que não aceitamos essa taxa de juros, que não concordamos, e que os fundamentos estão equivocados", disse o deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR), por volta de 10h10. "O que o Brasil quer? Imediatamente, derrubar essa taxa de juros pelo menos à metade. É inaceitável, presidente Galípolo, você seguir a mesma metodologia do Roberto Campos (Neto, ex-presidente do BC indicado por Jair Bolsonaro)", disse.

Outros parlamentares fizeram críticas semelhantes, embora em tom mais ameno. Mauro Benevides Filho (PDT-CE) afirmou que, desde 1999, os resultados primários foram insuficientes para reduzir a dívida pública, que responde à taxa Selic. Ele disse que governo e Congresso têm contribuído para o ajuste fiscal. "Então eu acho que o Banco Central, data venia, meu querido presidente e amigo Galípolo, eu acho que o Copom precisa dar uma examinada, e aí só o desabafo final", afirmou.

O ex-presidente do BC e ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles saiu em defesa da autoridade monetária após a fala de Hauly. "Todos gostaríamos de ter o Brasil com uma inflação controlada e uma taxa de juros que pudesse estar de acordo com outro país. E isso não é simplesmente uma vontade da autoridade monetária. É uma realidade central, tem que ter ideias técnicas de proteção, e ele tem como responsabilidade fundamental manter a inflação próxima ou na meta idealmente", disse.

"Presidente Gabriel, parabéns pela sua gestão, pela sua atitude corajosa, exatamente de tomar as medidas certas, colocando os juros onde têm de estar para o controle da inflação", completou Meirelles. (*com informações de Estadão Conteúdo)

Fonte: Redação Terra
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