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Brasil está numa posição melhor em relação às tarifas de Trump, diz Ian Bremmer

Para CEO da consultoria Eurasia, situação do País é positiva porque ele pode fazer negócios tanto com os EUA quanto com a China em meio à guerra comercial

13 mai 2025 - 16h13
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NOVA YORK - O CEO da consultoria Eurasia, Ian Bremmer, afirmou que o Brasil está em uma posição melhor em um "mundo multipolar" e diante das tarifas recíprocas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Dentre as razões, estão o fato de as negociações entre os países serem bilaterais e a importância comercial para os chineses caso tenham de se afastar mais das relações com os americanos.

"O Brasil está em uma posição melhor, especialmente do que estava há alguns meses. Porque se tudo isso fosse uma grande estratégia dos Estados Unidos para impor tarifas, mantê-las e se desvincular dos chineses, então o Brasil sofreria uma enorme pressão dos EUA para se desvincular da China, mas vai ser uma discussão bilateral", disse Bremmer, durante evento do Citi, em Nova York, para CEOs, conselheiros e investidores, durante a Brazil Week.

Segundo ele, a posição do Brasil é muito melhor agora porque, de um lado, vai negociar e fazer negócios com os EUA, mas também continuará fazendo negócios com a China.

"Se a China tiver que se afastar dos Estados Unidos, quem vai se beneficiar? Bem, o Brasil é um dos principais países. Eles vão precisar mais do Brasil", disse o CEO da consultoria Eurasia.

Ele não entrou profundamente nas questões locais, mas chamou atenção para o dever de casa do País. "Não vou falar sobre política brasileira, principalmente porque podemos ter o futuro presidente sentado a um metro e meio de mim", disse, mencionando o governador do Estado de São Paulo, Tarcísio Freitas, presente no evento. "O Brasil está melhor posicionado em um mundo multipolar, mas suas políticas o prejudicam", resumiu o cientista político.

O diretor da Eurasia para as Américas, Christopher Garman, enfatizou que o Brasil está bem posicionado geopoliticamente, mencionando ativos energéticos e ambientais, mas também reforçou o alerta para as questões locais como o fiscal.

"Obviamente, a eleição do próximo ano será muito importante, não apenas quem vencerá, mas porque o País precisa de um ajuste fiscal significativo", avaliou.

Estadão
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