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Idade mínima para mulher se aposentar pode cair para 60 anos

Poucos dias após enviar proposta da Previdência ao Congresso, Bolsonaro afirmou que também pode fazer concessões no Benefício de Prestação Continuada (BPC)

28 fev 2019 - 16h46
(atualizado às 16h55)
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Pouco mais de uma semana depois de entregar a reforma da Previdência ao Congresso Nacional, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 28, que aceita negociar alguns pontos da proposta e está disposto a baixar a idade mínima para aposentadoria de mulheres de 62 anos para 60 anos. A informação é do UOL, que esteve presente em um encontro do presidente com alguns jornalistas. A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto confirmou as informações. O Estado de S. Paulo não foi convidado para o encontro.

Segundo a reportagem, Bolsonaro também disse que pode fazer concessões no Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. A proposta entregue pelo governo estipula um benefício de R$ 400 a idosos de baixa renda aos 60 anos. Esse valor subiria para um salário mínimo aos 70 anos. Esse ponto da proposta foi um dos mais criticados por parlamentares.

O Presidente da República brasileiro, Jair Bolsonaro (PSL)
O Presidente da República brasileiro, Jair Bolsonaro (PSL)
Foto: MATEUS BONOMI/AGIF / Estadão

O presidente também sinalizou que a regra de pensão por morte é uma das "gorduras" que podem ser cortadas no Congresso. Hoje, a pensão por morte é de 100% para segurados do INSS, respeitando o teto atual de R$ 5.839,45. Pela proposta, o benefício será de 60% do valor mais 10% por dependente adicional. Segundo o UOL, Bolsonaro disse que esse valor pode subir para 70%.

As modificações que serão feitas pelo Congresso não podem "desfigurar" a proposta, afirmou o presidente. Ele disse que a não aprovação do texto fará com que o País passe por muitas consequências negativas, como alta do dólar, queda das ações das empresas listadas na Bolsa, suspensão de pagamento a servidores e enfraquecimento do governo.

O presidente também disse que "os filhos não mandam no governo" ao comentar sobre o comportamento do vereador Carlos Bolsonaro, pivô de uma crise que culminou com a queda do ministro Gustavo Bebianno do governo.

Venezuela 

Bolsonaro também afirmou que pode conversar com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, caso seja necessário para o bem dos dois países.

Estadão
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