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Bolsonaro diz que reforma administrativa será 'a mais suave possível'

Mais cedo, ao sair do Palácio da Alvorada o presidente Bolsonaro declarou que a reforma administrativa "está no forno", mas não confirmou se a proposta ainda seria enviada neste ano

18 nov 2019 - 20h41
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BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta segunda-feira, 18, que a reforma administrativa que enviará ao Congresso Nacional "será a mais suave possível".

Entre as mudanças previstas para a reforma, considerada uma reformulação no RH do Estado, estão a redução no número de carreiras, que ultrapassa 300, e o achatamento no salário inicial dos servidores. Também deve entrar mudanças na chamada estabilidade dos servidores públicos, que só deve ser garantida para algumas carreiras de Estado, depois de dez anos de estágio probatório.

Mais cedo, ao sair do Palácio da Alvorada o presidente Bolsonaro declarou que a reforma administrativa "está no forno", mas não confirmou se a proposta ainda seria enviada neste ano ao Congresso Nacional. "Para que tanta pressa?", questionou o presidente, sem prever nova data.

Quando questionado sobre a proposta por jornalistas, depois de uma coletiva no Palácio do Planalto, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a reforma administrativa "não sai tão cedo".

Bolsonaro já prometeu mandar o texto ao Legislativo na semana retrasada e passada, mas ontem disse que o texto "vai aparecer aí, mas vai demorar um pouco". Como o Estado noticiou, a elite do funcionalismo público, composta por carreiras do Ministério Público, Banco Central, Receita Federal, entre outras, trabalha para barrar a iniciativa do Executivo.

O presidente disse ainda que "é lógico" que aguarda o melhor cenário para liberar o texto. "Tenho de mandar para lá para ter menos atrito possível. É só isso", observou. Até 2022, fim do governo Jair Bolsonaro, cerca de 26% dos funcionários públicos vão se aposentar. Esse quadro é considerado uma janela de oportunidade para emplacar as mudanças para a equipe econômica.

Uma das preocupações do governo é que tem de ficar claro e bater na tecla de que as mudanças só acontecerão para os futuros servidores para que não entrem em desvantagem na "batalha da comunicação"./Colaborarou Mateus Vargas

Estadão
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