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Bolsa tem outro dia positivo e sobe 2,04%, enquanto dólar perde força e encerra em queda de 1,09%

Recuperação em agosto coincide com a entrada de fluxo estrangeiro no País

4 ago 2022 - 19h51
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Em dia sem sinal único em Nova York, o Ibovespa voltou a mostrar rumo próprio, em alta de 2,04%, aos 105.892,22 pontos, o melhor nível de fechamento desde 9 de junho (107.093,71). A recuperação neste começo de agosto se faz acompanhar por entrada de recursos estrangeiros na B3: nos dois primeiros dias do mês, tal saldo ficou positivo em R$ 437,7 milhões, com aporte de quase R$ 528 milhões considerando apenas a sessão de terça-feira. No ano, o saldo de capital externo está agora perto de R$ 54,2 bilhões.

Nesta quinta-feira, 4, os ganhos se disseminaram pelas ações e setores de maior liquidez e peso no Ibovespa, com o apetite por renda variável sendo favorecido pela indicação do Copom de que o ciclo de elevação de juros no Brasil está virtualmente concluído - ou muito próximo a isso, com a possibilidade de um aumento residual na próxima reunião, em setembro. Assim, a expectativa majoritária é de Selic a 13,75%, o nível a que foi elevada ontem, ou talvez 'arredondada' a 14% ao ano quando o comitê monetário voltar a se reunir, no mês que vem.

Em 2022, o saldo de capital externo está agora perto de R$ 54,2 bilhões Foto: Mauricio Dueñas Castañeda/EFE

Os ganhos entre os bancos chegaram hoje a 2,43%, para as ações ordinárias do Bradesco e preferenciais do Itaú, em sessão positiva também para Petrobras (valorização de 1,54% para as ordinárias e 0,97% para as preferenciais), mas não para Vale (-0,58%), que se firmou em baixa em direção ao fim da sessão. O índice de materiais básicos fechou o dia com ganho de 1,32%, e o de consumo, a 2,69%.

Dólar

Já em baixa firme pela manhã, o dólar acelerou o ritmo de queda ao longo da tarde, chegando a flertar com fechamento abaixo da linha de R$ 5,20. A perda de fôlego da moeda dos EUA por aqui se deu em sintonia com o tombo da divisa americana no exterior em relação a moedas fortes, sobretudo o euro, e de países emergentes. Operadores também relataram fluxo externo para ativos domésticos, em meio à alta de mais de 2% do Ibovespa e o bem sucedido leilão de NTN-Fs, papéis públicos prefixados preferidos pelos estrangeiros.

Afora uma alta pontual nos primeiros minutos de negócios, quando registrou a máxima do dia (R$ 5,2958), a divisa operou em queda ao longo de toda sessão. À tarde, rompeu o piso de R$ 5,20, ao descer até a mínima de R$ 5,1996. No fim do dia, com uma redução das perdas, o dólar era cotado a R$ 5,2204, em queda de 1,09%. Com isso, os ganhos na semana e no mês se reduziram a 0,89%.

"Parece que está havendo um rearranjo das carteiras em direção ao risco. O catalisador desse movimento é a sinalização do BC de que o aperto monetário está no fim", afirma o economista Homero Guizzo, da Terra Investimentos. "O apetite maior parece ser pela renda variável, porque há muitas ações com preços bem descontados".

Estadão
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