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Bancos privados tentam atrair público para faixa 3 do Minha Casa Minha Vida

Bradesco e Itaú testam financiamento para pessoas físicas que ganham até R$ 7 mil e incorporadoras

11 out 2019 - 08h11
(atualizado às 09h17)
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Os bancos privados estão começando a experimentar a oferta de crédito imobiliário junto ao público equivalente ao da faixa 3 do Minha Casa Minha Vida. Bradesco e Itaú Unibanco já testam financiamento tanto para a pessoa física, com renda bruta até R$ 7 mil, como junto às incorporadoras que trabalham com foco neste segmento.

O avanço junto a esse público se tornou possível com a queda dos juros no crédito imobiliário que utiliza recursos da poupança (SBPE). A queda das taxas tornou a linha tão atrativa quanto à que utiliza funding do FGTS, cuja gestão é monopólio da Caixa Econômica Federal.

A oferta de crédito imobiliário por parte dos bancos privados para as pessoas físicas com renda bruta até R$ 7 mil sinaliza ainda um maior apetite dessas instituições por risco uma vez que antes acabavam olhando para um público de maior poder aquisitivo neste segmento.

"Já estamos avançando para o nível 3. Queremos experimentar e entender o público alvo e as características dessa base de clientes. Como um banco de varejo, a faixa de renda de R$ 4 mil a R$ 9 mil se encaixa muito bem", disse o diretor executivo do Bradesco, José Ramos Rocha Neto, durante o Abecip Summit 2019, organizado pela entidade que representa os bancos.

Segundo ele, o banco está descendo a régua "aos poucos". O foco, explicou o executivo, é testar operações junto a esse público equivalente à faixa 3 do Minha Casa Minha Vida. "Com a evolução da economia com estabilidade, não terá porque não continuar avançando nisso", garantiu Rocha.

No Itaú, conforme o gerente regional de negócios imobiliário do banco, Tomaz Carvalho Dias Gouvea, alguns casos também já estão sendo estudados, mas ainda mais do lado da pessoa jurídica. "Estamos testando uma faixa semelhante à 3, inclusive, para financiamento à produção", disse ele, acrescentando que, naturalmente, o próximo passo é financiar a pessoa física.

Estadão
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