Banco da Amazônia pode levantar capital no mercado de ações e também no de dívida
O Banco da Amazônia está analisando os mercados de ações e de dívida para levantar capital e expandir sua carteira de crédito, disse à Reuters o diretor de relações com investidores, Fabio Maeda.
Ainda não foi tomada uma decisão sobre o caminho a ser seguido, uma vez que o banco, cuja carteira de empréstimos vem crescendo a uma taxa média de cerca de 15% ao ano, não está com pressa para levantar o novo financiamento, disse Maeda.
Desde o início do segundo semestre, o Basa vem estudando o mercado de ações para potencialmente buscar uma oferta subsequente de ações de cerca de 2 bilhões de reais.
Embora já esteja listado, o Basa tem atualmente um free float de apenas 3% e uma capitalização de mercado de cerca de 5 bilhões de reais.
O banco contratou inicialmente o UBS Brasil e, mais recentemente, outros quatro bancos - Bank of America Merrill Lynch, Citigroup, XP Investimentos e Caixa Econômica Federal - para analisar uma potencial venda de ações.
"Os bancos ainda estão avaliando cenários de oferta de ações, dívida ou ambos, e o momento e o tamanho de uma possível transação ainda não foram definidos", disse Maeda, observando que uma eventual venda de ações não exclui a opção de uma oferta de dívida.
O Basa, criado em 1942, inicialmente se concentrava no financiamento da produção de borracha. Posteriormente, expandiu suas atividades para indústria, comércio, agricultura e outros setores na região amazônica.
Maeda disse que a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas COP30, a ser realizada no Pará em 2025, pode ser um catalisador para o interesse dos investidores, já que a carteira de crédito do banco está concentrada em clientes e atividades no norte do Brasil.