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Balança comercial tem superávit de US$ 8,15 bi em abril, queda de 3,3%, em meio a tarifaço de Trump

No acumulado do ano, saldo positivo é de US$ 17,729 bi

7 mai 2025 - 19h37
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BRASÍLIA - A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 8,153 bilhões em abril, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O resultado representa uma queda de 3,3% em relação ao mesmo período do ano passado, em meio à guerra comercial travada pelo presidente dos EUA, Donald Trump (leia mais abaixo).

O saldo foi alcançado com exportações de US$ 30,409 bilhões e importações de US$ 22,256 bilhões. No ano, o saldo positivo é de US$ 17,729 bilhões.

Terminal portuário de operação de contêineres Itapoá localizado na cidade de Itapoá (SC)
Terminal portuário de operação de contêineres Itapoá localizado na cidade de Itapoá (SC)
Foto: Porto de Itapoá/Divulgação / Estadão

Em abril, as exportações registraram alta de 0,3% na comparação com o mesmo período em 2024, devido à queda de US$ 50 milhões (-0,7%) em Agropecuária, recuo de US$ 280 milhões (-3,8%) em Indústria Extrativa, e crescimento de US$ 350 milhões (2,4%) em produtos da Indústria de Transformação.

As importações tiveram aumento de 1,6% em abril ante o mesmo mês do ano passado, com avanço de US$ 20 milhões (3,3%) em Agropecuária, queda de US$ 510 milhões (-31,5%) em Indústria Extrativa, e alta de US$ 860 milhões (4,4%) em produtos da Indústria de Transformação.

Exportação de ferro e aço para EUA cai 23,2%

As vendas brasileiras de produtos semiacabados de aço e ferro aos Estados Unidos caíram 23,2% em abril na comparação com o mesmo mês no ano passado. Foram exportados no último mês US$ 232 milhões aos americanos, contra US$ 302 milhões de abril de 2024. O embarque de alumínio também registrou recuo.

Tanto o aço como o alumínio foram sobretaxados pela administração de Donald Trump em 25%, alíquota extra que passou a valer em 12 de março. No caso do alumínio, a queda de exportação foi de 73% em abril.

O diretor de Planejamento e Inteligência Comercial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Herlon Brandão, disse que as quedas podem "provavelmente" ser um efeito do tarifaço de Trump. "Provavelmente inibe comércio, é esperado que ocorra redução da exportações desses produtos para lá", afirmou Brandão.

No geral, por outro lado, as exportações para os Estados Unidos cresceram. O aumento foi de 21,9%. Na visão do diretor no Mdic, essa alta pode estar relacionada a uma antecipação de compras pelos americanos, que fazem esse movimento para tentar se proteger das incertezas da política comercial. Ele lembrou que as importações dos Estados Unidos cresceram de maneira generalizada, não só em relação aos produtos brasileiros.

Já as compras de produtos norte-americanos também cresceram em abril no Brasil, uma alta de 14%. Para Brandão, esse aumento tem relação com a demanda da atividade econômica doméstica. "Importação dos EUA crescendo tem a ver com demanda do Brasil por produtos", disse.

Estadão
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