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Att: Conab/Bastos: clima vem pregando algumas peças na produção agrícola

24 nov 2020 - 19h53
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Att: Conab/Guilherme Bastos: clima vem pregando algumas peças na produção agrícola - JÁ NO AGRO

Att. sr. assinante. Na nota enviada às 15h36 havia uma incorreção no penúltimo parágrafo quanto à previsão de safra da Conab para o ciclo 2020/21. O número correto é 268,94 milhões de toneladas. Segue a nota corrigida.

Rio, 24/11- A redução do volume de chuvas, por causa do fenômeno La Niña, vem "pregando peças" na safra de grãos de 2020/21, afirmou nesta terça-feira o diretor-presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Guilherme Bastos. Se, por um lado, o investimento em maquinário permitiu recuperar o tempo perdido no atraso do plantio da soja, a concentração da colheita da oleaginosa num período mais curto de 2021 poderá ter impactos na segunda safra de milho no próximo ano.

"Apesar de termos todas as condições para termos uma safra perfeita, o clima vem pregando algumas peças", afirmou Bastos, em palestra durante evento virtual de lançamento da Nota de Conjuntura 21 da Carta de Conjuntura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que atualiza as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária.

Segundo Bastos, o atraso no plantio da soja, com a demora na chegada das chuvas na primavera, trouxe expectativa para o setor do agronegócio, mas a tecnologia e o investimento em maquinário, com produtores capitalizados, diminuiu o problema. Conforme o presidente da Conab, com o uso intensivo de maquinário, os produtores de Mato Grosso conseguiram plantar 70% da área prevista para a soja no Estado em apenas três semanas.

Embora o atraso no plantio da soja tenha sido compensado pelo investimento em maquinário, ele ainda pode ter efeitos na safra 2020/21. Bastos destacou os impactos sobre a segunda safra de milho, plantada após a colheita da soja. Como a colheita da soja será concentrada num período curto, qualquer "descuido" poderá atrapalhar a segunda safra de milho, afirmou o diretor-presidente da Conab.

Apesar dos riscos, Bastos destacou que os prognósticos da Conab apontam para nova safra recorde na temporada 2020/21. A Conab estima uma produção de 268,94 milhões de toneladas. Já o "excedente exportável" está estimado em 116,2 milhões de toneladas. "Continuamos produzindo muito mais do que consumimos e ainda conseguimos exportar", afirmou Bastos.

Estadão
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