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As 4 verdades por trás da queda das criptomoedas

Nos bastidores da crise das criptomoedas, está a certeza absoluta sobre sua recuperação

26 nov 2022 - 02h00
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Foto: Adobe Stock

Conforme conquistam mais espaço no dia a dia, as criptomoedas despertam tanto paixão quanto ódio das pessoas. Há aqueles que defendem esses ativos com unhas e dentes, mas há também os detratores que aproveitam qualquer situação para questionar sua importância e validade. 

O problema é que o cenário enfrentado por este segmento em 2022 só é favorável para o segundo grupo.  

Os criptoativos estão enfrentando quedas consecutivas em suas cotações, assustando empresas e investidores nos últimos meses. Só o Bitcoin, por exemplo, perdeu quase US$ 50 mil de novembro de 2021 para cá – saiu de US$ 67 mil na época para menos de US$ 19 mil em setembro de 2022. 

Mas o que explica esse recuo gigantesco? Há quatro verdades por trás disso, mas também há uma certeza sobre a recuperação. 

1. Queda do token Luna  

Sem dúvida uma das principais causas para a queda das criptomoedas ao longo de 2022 foi a brusca desvalorização do token Luna, do blockchain Terra (UST). 

Era uma espécie de stable coin, em tese mais segura por estar vinculada a algum indicador (no caso, a variação da moeda estadunidense). Por isso, era uma das opções mais populares entre os criptoativos, mas viu seu valor despencar de US$ 120 para zero em apenas dois dias no mês de maio.  

Esse acontecimento desencadeou uma série de reações em todo o mercado, causando um prejuízo de bilhões de dólares entre os investidores. Afinal, houve aumento na desconfiança em torno da capacidade desse mercado e outros criptoativos, como o próprio Bitcoin, precisaram readequar suas cotações.   

2. Polêmicas, especulações e proibições 

Um dos problemas relacionados às criptomoedas é a grande volatilidade em torno de polêmicas e especulações de empresas e profissionais que atuam no segmento. 

Um exemplo clássico foi quando Elon Musk, CEO da Tesla, anunciou que não aceitaria mais o Bitcoin como forma de pagamento em suas empresas – a moeda se desvalorizou mais de 10% apenas naquele dia. 

As restrições impostas por países aos criptoativos também contribuem para o cenário de queda. A China proibiu recentemente serviços com moedas digitais nas instituições que operam no país. 

Já a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos rejeitou dois fundos de índice de Bitcoin da Grayscale Investimentos. São movimentos que contribuem para reduzir o preço dos principais ativos.  

3. Influências econômicas externas  

Em 2022, eclodiu o conflito armado entre Ucrânia e Rússia, que desencadeou uma crise energética na Europa. Paralelo a isso, os efeitos econômicos da pandemia de Covid-19 ainda são percebidos em diferentes países. Prova disso é o aumento na taxa de juros em nações como Estados Unidos para controlar a inflação.  

O problema é que, quando a taxa de juros aumenta, os investimentos mais seguros (como os títulos do Tesouro) são bem mais atrativos – e lucrativos – do que os investimentos mais arrojados, como é o caso das criptomoedas. Assim, investidores mais experientes preferem reduzir suas participações nesta categoria.  

4. O conhecido “efeito manada” 

Todo esse cenário leva a um velho conhecido das crises econômicas: o “efeito manada”, principal combustível das bolhas especulativas. O conceito é tão antigo que já está presente na história da economia desde o século 17, com a Crise das Tulipas nos Países Baixos – e a história se repete agora com as criptomoedas.  

Basicamente, quando muitos investidores reduzem suas participações ou tiram dinheiro das criptomoedas, a grande maioria das pessoas resolve seguir os passos, desencadeando uma queda brusca nos preços. 

Isso é motivado pela insegurança que muitos têm em relação aos criptoativos e pela falta de conhecimento do segmento.  

Uma certeza de recuperação: crises fazem parte do jogo 

Especialistas divergem sobre os próximos meses: enquanto alguns apostam na rápida recuperação dos criptoativos, outros acreditam em nova queda nos meses seguintes até voltarem a crescer. 

Em todo caso, há uma certeza: o segmento vai se recuperar, cedo ou tarde, porque as crises de desvalorização de suas moedas fazem parte do jogo. É como aquele velho ditado: depois da tempestade, sempre vem a bonança.  

O próprio Bitcoin já deu mostras dessa capacidade. Em 2018, quando atingiu o valor histórico de US$ 20 mil na época, caiu para pouco mais de US$ 3 mil em um ano. Na sequência, houve uma valorização de mais de 1.160% em três anos até registrar nova queda em 2022.  

Além disso, temos que reconhecer a influência da transformação digital em todos os aspectos da nossa vida – o que muda totalmente a nossa relação com o dinheiro. Os criptoativos estão na base de propostas que devem ganhar força nos próximos anos, como Metaverso. 

Portanto, é natural esperar que suas cotações irão se valorizar com o tempo. O segredo para o sucesso é saber se equilibrar nessa corda para colher todos os frutos.  

(*) Rubens Neistein é business manager da CoinPayments, processadora de pagamentos em criptomoedas.   

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