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5 dicas para formar renda passiva com dividendos

Reinvestimento dos proventos aumenta em quase 3 vezes o retorno ao investidor

2 fev 2024 - 06h15
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Foto: Freepik

Obter a liberdade financeira é o sonho de todos e uma das formas é investir constantemente em ações de empresas sólidas boas pagadoras de dividendos. O processo, entretanto, não é tão simples e requer preparo do investidor. 

“Existem duas formas de ganhar com ações. A primeira é com a valorização das mesmas, sendo este um foco mais especulativo é incerto. A segunda forma é com os dividendos, que é o meu foco particular. Seguindo esta metodologia, o investidor deve se ater ao foco de crescer seus dividendos, deixando de lado a preocupação com a valorização das ações”, afirma o CEO da VG Research, Vicente Guimarães.

Especializado no assunto, o economista vai mais além em sua recomendação ao afirmar que a queda nos preços de ações que pagam dividendos deve ser vista como algo positivo, uma vez que o investidor pode acumular mais ações pagando um preço menor. 

“No meu ponto de vista quando o preço cai existe uma oportunidade incrível de acumular boas ações que pagam dividendos. A vantagem de desenvolver uma estratégia de investimentos assim é que esse modelo garante mais previsibilidade”, afirma.

Guimarães conquistou sua liberdade financeira justamente ao focar nas “vacas leiteiras”, como ele costuma chamar as empresas boas pagadoras e dá algumas dicas para quem quer começar a tirar leite e viver de renda no futuro.

1. Foco no longo prazo

O investidor precisa entender que as empresas não pagam dividendos mensalmente. Algumas até pagam um valor mensal, mas é muito pequeno, de 1 a 2 centavos. Então, o foco deve ser o dividendo anual.  

“Tenha paciência. Uma carteira robusta de dividendo é construída ao longo dos anos, de décadas. Mas o retorno para os pacientes é exponencial. Quanto mais tempo desenvolvendo sua carteira maiores serão os frutos”, afirma Guimarães.

2. Reinvista os dividendos

Seus dividendos te ajudam a ganhar mais dividendos, que te ajudarão a ganhar mais dividendos. O reinvestimento será responsável, no longo prazo, por mais de 50% do seu resultado ou até mais. 

Em um estudo recente, Nick Maggiulli apresenta dados surpreendentes sobre o peso da apreciação e o peso do reinvestimento dos dividendos nos retornos com base em dados para ações norte-americanas entre 1871 e 2020. 

Segundo a pesquisa, o investimento em ações americanas sem reinvestimento de dividendos entre janeiro de 1980 e janeiro de 2020 teria apresentado um retorno de 791%. Com o reinvestimento dos dividendos, o retorno seria quase 3 vezes maior e este resultado persiste mesmo em janelas mais curtas.

3. Esteja no controle

Guimarães aconselha que o investidor esteja à frente das decisões e não deixe seu capital na mão de terceiros. Quando se deixa a gestão na mão de terceiros, não se sabe exatamente quais os riscos que se está tomando e ainda é preciso remunerar a gestora, o que corrói parte do valor investido, reduzindo os ganhos. Mas para assumir as rédeas é preciso buscar conhecimento. 

“Leia muito. Livros, relatórios de empresas e relatórios de casas de análise, como a VG Research, são um ativo fundamental para o seu sucesso”, complementa.

4. De olho na inflação

Como o objetivo é ter independência financeira por muitos anos, é preciso se atentar ao efeito da inflação em nosso patrimônio, pois se hoje sua necessidade de renda é de R$ 5 mil, este mesmo valor não irá manter seu padrão de consumo daqui a 10 anos. Pensando nisso, duas estratégias são importantes. 

A primeira é a de buscar por empresas que cresçam o pagamento dos dividendos ao longo do anos, protegendo nosso poder de compra. Outro fator importante é durante a fase de uso da renda passiva. É preciso que não seja utilizado todo o recurso, para que pelo menos uma parte seja reinvestida, para que seus dividendos continuem crescendo junto com a inflação.

5. Atenção aos indicadores

Existem dois indicadores que ajudam muito na hora da escolha: o payout e o dividend yield. O payout é a relação, em percentual, entre dividendo pago e lucro líquido. Ou seja, quantos por cento do lucro gerado foi pago como dividendo. Uma empresa que paga bons dividendos tem payout alto. 

O outro indicador, o dividend yield, que é a soma dos dividendos pagos nos últimos 12 meses dividido pelo preço atual da ação. Por isso ele muda bastante, pois o valor da ação é volátil e se altera todos os dias. 

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão. 

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