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Você sabia? O brilho de alguns doces vem de insetos

Existe relação direta entre a secreção de alguns insetos e o acabamento reluzente encontrado em diversos tipos de doces. Saiba mais!

29 nov 2025 - 10h03
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Desde tempos antigos, o brilho característico de muitos doces sempre chamou atenção, especialmente em guloseimas como balas, chocolates e drágeas coloridas. O aspecto reluzente faz parte da atratividade desses produtos nas vitrines e embalagens, despertando a curiosidade sobre o que está por trás desse acabamento. A busca por respostas sobre os métodos utilizados para garantir essa aparência desperta debates e dúvidas entre consumidores em todo o Brasil.

Muitos se perguntam se componentes de origem inusitada estão presentes nessas guloseimas, levando a questionamentos sobre a procedência e os processos envolvidos na fabricação. A discussão gira em torno de ingredientes que, à primeira vista, parecem distantes do universo alimentar, mas contribuem para características específicas, como o brilho intenso e a textura suave da superfície.

goma-laca, obtida com a ajuda dos insetos da espécie Kerria lacca, se tornou amplamente empregada como agente de brilho – Katja Schulz/Wikimedia Commons
goma-laca, obtida com a ajuda dos insetos da espécie Kerria lacca, se tornou amplamente empregada como agente de brilho – Katja Schulz/Wikimedia Commons
Foto: Giro 10

Qual substância dá brilho aos doces industrializados?

Em geral, o brilho presente nos doces comercializados em grande escala possui uma justificativa tecnológica. A indústria alimentícia recorre a substâncias específicas para revestir a superfície dos alimentos, conferindo aparência atrativa e proteção ao produto. Dentre as mais utilizadas, destaca-se a goma-laca. Em inglês, ela é conhecida como shellac. Apesar do nome curioso, trata-se de uma resina natural extraída de secreções de insetos conhecidos como Kerria lacca, comuns na Ásia.

O processo de coleta da goma-laca envolve a raspagem dos galhos das árvores onde esses insetos depositam sua resina, que é posteriormente purificada. Após tratamento e processamento, essa substância se transforma no verniz utilizado em diversos setores, inclusive na alimentação. Sua principal função é criar uma camada brilhante que confere não só apelo visual, mas também serve como barreira protetora contra umidade e deterioração.

É verdade que o brilho dos doces vem de insetos?

Sim, existe relação direta entre a secreção de alguns insetos e o acabamento reluzente encontrado em diversos tipos de confeitos. A goma-laca, obtida com a ajuda dos insetos da espécie Kerria lacca, se tornou amplamente empregada como agente de brilho. Quando aplicada em balas, pastilhas e chocolates, forma uma película transparente e brilhante, comestível e aprovada por órgãos regulatórios como a Anvisa no Brasil.

Apesar de parecer inusitado, o uso dessa resina não apresenta riscos à saúde e é comum na produção industrial. Entretanto, algumas pessoas, em especial veganos e vegetarianos, optam por evitar consumir produtos com esse tipo de revestimento devido à sua origem animal. Para esses públicos, algumas empresas buscam alternativas vegetais, utilizando ceras extraídas de folhas, frutos ou sementes para atingir efeito semelhante.

O uso de goma-laca e ceras comestíveis é regulamentado por órgãos nacionais e internacionais – depositphotos.com / AntonMatyukha
O uso de goma-laca e ceras comestíveis é regulamentado por órgãos nacionais e internacionais – depositphotos.com / AntonMatyukha
Foto: Giro 10

Quais outros ingredientes podem ser usados no lugar da goma-laca?

Há alternativas à utilização da goma-laca na indústria. Entre as principais opções estão as ceras de carnaúba e candelila. Ambas são de origem vegetal e utilizadas para substituir ingredientes oriundos de secreção animal, especialmente em produtos indicados para pessoas com restrições ou preferências alimentares específicas.

  • Cera de carnaúba: extraída das folhas de palmeiras encontradas no Nordeste brasileiro, é muito utilizada em balas, chicletes, frutas e até em medicamentos.
  • Cera de candelila: obtida de arbustos típicos do México, não tem sabor e apresenta propriedades semelhantes à goma-laca.
  • Açúcares e xaropes: em algumas receitas, misturas de açúcar, mel ou glicose são utilizados para dar brilho natural aos doces, especialmente em preparações artesanais.

Essas alternativas têm ganhado espaço conforme cresce a demanda por ingredientes de origem diferenciada e produtos aptos ao consumo de grupos específicos. Além disso, proporcionam variações no acabamento dos confeitos, contribuindo para a inovação no mercado.

O brilho dos doces pode trazer riscos à saúde?

O uso de goma-laca e ceras comestíveis é regulamentado por órgãos nacionais e internacionais. A Anvisa, no Brasil, estabelece limites e orientações para a quantidade adequada dessas substâncias nos alimentos, garantindo a segurança do consumidor. No entanto, é importante ficar atento a eventuais reações alérgicas e sempre verificar os rótulos caso existam restrições individuais.

Em resumo, o brilho de muitos doces industrializados realmente pode ter origem em secreções de insetos, como a goma-laca. Contudo, existem alternativas vegetais, e todas as substâncias legalmente utilizadas passam pelo crivo regulatório para garantir sua inocuidade. Mesmo sem emitir juízo de valor, é fundamental que a informação sobre os ingredientes esteja clara para possibilitar escolhas conscientes aos consumidores.

Giro 10
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