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Saiba quem é David Attenborough, ambientalista de 94 anos que conquistou os jovens

Inglês criou página no Instagram e bateu a marca de um milhão de seguidores em tempo recorde

23 out 2020 - 13h11
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Formado em Ciências Naturais e Antropologia, o britânico David Attenborough, no alto de seus 94 anos, nos últimos tempos se transformou em um popstar das redes sociais, batendo nomes como Jennifer Aniston, Príncipe Harry até mesmo do Papa Francisco. Mal sua página surgiu no Instagram e logo bateu a marca de um milhão de seguidores, cravando um recorde e entrando para o Guinness por ter chegado a essa marca em um menor espaço de tempo. Em meio às lutas mundiais pela conservação do meio ambiente e preservação das espécies, o naturalista britânico ganha ainda mais notoriedade com seu vasto conhecimento da natureza, do planeta e dos seres vivos.

Em suas primeiras falas no Instagram, postou um vídeo para explicar o porquê estava aderindo a essa ferramenta. "Estou tomando essa decisão e explorando essa nova forma de comunicação para mim porque, como todos sabemos, o mundo está em apuros", disse Attenborough, de 94 anos, em seu primeiro vídeo no Instagram. "Continentes estão em chamas. As geleiras estão derretendo. Os recifes de coral estão morrendo. Os peixes estão desaparecendo de nossos oceanos. A lista continua." Atualmente, Attenborough ultrapassou a marca de 6 milhões de seguidores, e olha que ele entrou na rede em setembro passado.

Mas essa não é a primeira vez que Sir Attenborough (sim, ele recebeu o título de cavaleiro da Rainha Elizabeth II) é lançado ao topo de popularidade. Em 2006, ele foi eleito ícone vivo no Reino Unido, deixando para trás nomes como Paul McCartney, David Bowie e a estilista Vivienne Westwood. Uma das aparições mais recentes que agradou o público foi quando surgiu respondendo perguntas dos filhos de Kate Middleton e do príncipe William. No vídeo, os pequenos George, Charlotte e Louis questionaram o apresentador sobre temas do meio ambiente.

Filho do meio de Robert e Susan Attenborough, David nasceu em 8 de maio de 1926, na Inglaterra. Seu irmão mais velho era o ator e diretor Richard Attenborough, lembrado pelos filmes Gandhi, vencedor do Oscar de Melhor Diretor e Melhor Filme, e Jurassic Park - ele morreu em 2014, aos 90 anos. O mais velho dos três, John Attenborough, era executivo da indústria automobilística, e morreu em 2012, aos 84 anos.

A trajetória de David Attenborough diante das câmeras começou em 1950, fazendo vídeos sobre a vida natural. Em 1952, iniciou sua ligação com a BBC, que proporcionaria a ele rodar pelo mundo visitando os mais diversos locais para observar a vida local. Essa longa jornada pode ser conferida no mais novo documentário do naturalista, Nosso Planeta, que está disponível na Netflix. Nele, Attenborough discorre sobre a evolução do homem e sua relação com a natureza e de como presenciou alguns fatos que serviram para alterar o mundo. Além de servir como uma biografia profissional, é também um potente alerta para que a humanidade reveja conceitos e altere o rumo de algumas decisões, para que a vida seja mantida saudável.

Com seus documentários impactantes, Attenborough exibiu para o mundo o que havia de mais fantástico e deslumbrante, mas também deixou clara a necessidade de pessoas e governos olharem com mais atenção para a natureza e tudo que ela representa para nossa sobrevivência. Sua atração por conhecer melhor a vida no planeta vem desde a infância, quando sua curiosidade aflorava ao observar fósseis ou os animais vivos.

Mas foi em 1979, com o lançamento da série Life on Earth, exibida pela BBC, que o tornou conhecido pelos quatro cantos do planeta, com seu jeito simples de expor o que se via na natureza. Em seus 13 episódios, produção foi assistida por cerca 500 milhões de pessoas em todo o mundo. Também, seria difícil não se encantar com aquele homem rodeado de gorilas, em plena selva de Ruanda.

Neste trabalho mais recente, Attenborough nos faz viajar por tempos e locais que fazem parte de sua vida. Com uma abertura impactante, vemos o apresentador adentrando em algumas ruínas. São casas abandonadas, destruídas pelo tempo. Estamos em Chernobyl, local de um dos piores desastres nucleares de todos os tempos. É entristecedor ver como as pessoas tiveram de sair de lá sem pensar, largar tudo para trás e fugir da catástrofe iminente.

Partindo desse ponto, o ambientalista passa sua vida em flashes, pontuando por datas o que considera cruciais em sua caminhada. Vai desde suas primeiras aventuras por terras desconhecidas, explicando como é a vida em cada local, até transformar todas essas informações em conclusões que servem para direcionar projetos de preservação. Em tudo, há o forte apelo por um olhar mais sensível para o meio ambiente, que necessita da coragem de se alterar o rumo de algumas decisões já tomadas e que só fazem acabar com algumas espécies e com o clima.

Estadão
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