Quem são as apresentadoras mais cotadas para suceder Renata Vasconcellos no ‘JN’
Âncora completou 11 anos na bancada e, em caso de saída, poderá não continuar no jornalismo convencional
A despedida de William Bonner do ‘Jornal Nacional’, após 29 anos, sucedido por César Tralli, suscitou curiosidade a respeito da provável substituta de Renata Vasconcellos.
Duas apresentadoras do rodízio de folgas e férias teriam prioridade na escolha, e também uma âncora que nunca comandou o telejornal, segundo a coluna ouviu de profissionais dos bastidores da Globo.
A veterana
Com 31 anos na Globo, Ana Paula Araújo, atual âncora do ‘Bom Dia Brasil’, estreou na bancada do ‘JN’ em 2011, após se destacar como repórter e na apresentação de telejornais regionais, a exemplo do antigo ‘RJTV’.
Possui admirável capacidade de ancorar transmissões ao vivo improvisando o texto.
Fora do ar, faz relevante trabalho como escritora de livros e debatedora sobre violência doméstica e abuso sexual de mulheres.
A ativista
Aline Midlej é âncora do ‘Jornal das Dez’, da GloboNews, desde 2021. Logo imprimiu estilo próprio com comentários enfáticos e cobranças às autoridades.
Apenas dois meses depois, passou a apresentar eventualmente o ‘JN’. Diante das câmeras, emite voz poderosa contra o racismo. Suas crônicas sobre o tema representam o clamor da sociedade.
Em 56 anos no ar, o principal telejornal da TV brasileira teve quatro apresentadoras fixas (Lillian Witte Fibe, Fátima Bernardes, Patrícia Poeta e Renata Vasconcellos), nenhuma negra. As brasileiras pretas são o maior grupo populacional do país.
A ‘outsider’
Tradicionalmente, o âncora do ‘Jornal da Globo’ faz parte do rodízio no ‘Jornal Nacional’. A regra foi quebrada, até este momento, com Renata Lo Prete.
Em 2017, ela se tornou titular do noticiário de fim de noite, onde faz jornalismo analítico, e tem papel de destaque na cobertura de eleições.
A coluna já questionou a assessoria da Globo sobre o motivo de a jornalista nunca ter sido escalada para o ‘JN’. Não houve resposta.
Mesmo sem experiência na bancada da redação carioca, ela aparece na lista de favoritas a ocupar a vaga de Renata Vasconcellos.
Para onde, Renata?
A atual titular do ‘JN’ não sinaliza a intenção de deixar o posto. Como o processo de desligamento de Bonner durou cinco anos, presume-se que ela ainda ficará um bom tempo diariamente na faixa das 20h30.
Um futuro adeus à bancada deve levá-la para o mesmo caminho das antecessoras Patrícia Poeta e Fátima Bernardes: o infotenimento (mistura de jornalismo e entretenimento), com algum programa por temporada na Globo ou em canal focado no público feminino, como o GNT.