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'Porta dos Fundos' invade TV e satura imagem com excesso de propagandas

13 set 2013 - 11h19
(atualizado às 11h19)
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<p>O coletivo de humor passou a protagonizar vários anúncios publicitários</p>
O coletivo de humor passou a protagonizar vários anúncios publicitários
Foto: Divulgação

Vender a "juventude eterna" e criar necessidade de consumo são funções importantes da propaganda. Para isso, grandes marcas e agências de publicidade costumam recorrer a nomes conhecidos do grande público, que unam prestígio e apelo comercial, para dar "cara" aos seus produtos. Da televisão, Fausto Silva, Luciano Huck e Rodrigo Faro rivalizam em pé de igualdade com figuras do esporte, como Neymar e Ronaldo. No entanto, atualmente, os apresentadores e jogadores estão em segundo plano. Afinal, não adianta mudar de canal ou ter TV por assinatura. Entre um programa e outro, o telespectador é quase obrigado a ver comerciais com ao menos um integrante do canal Porta dos Fundos.

Sucesso na internet, o coletivo de humor foi fundado sem grandes pretensões por Antonio Tabet, Fabio Porchat, Gregório Duvivier, Ian SBF e João Vicente de Castro em meados de 2012. Restritos à internet, os vídeos do grupo e seu elenco fixo – formado por Clarice Falcão, Letícia Lima, Rafael Infante, Júlia Rabello, Luis Lobianco, Marcus Majella, Gabriel Totoro e Gustavo Chagas – começaram a angariar fãs e milhares de visualizações no Youtube. Com humor ácido e corrosivo, a trupe invadiu o circuito dos comerciais depois da "contrapropaganda" feita para satirizar o atendimento da rede de fast food de comida italiana Spoleto. Em vez de um processo judicial, a rede encomendou ao coletivo dois comerciais.

A partir daí, sem qualquer critério de seleção, o grupo começou a ser sugado pelos publicitários e passou a vender de tudo. De carros da Fiat a celulares da Vivo, passando por produtos e serviços como Buscapé, UOL, Pão de Açúcar, Visa, Bis, Samsung, Dorflex, Danete e Kuat, entre outros. A superexposição encontra seu lado bom quando o assunto é lucratividade. Mas na pressa de faturar, o grupo acaba evidenciando sua sofreguidão. E o que se vê é a saturação da imagem dos humoristas e das piadas típicas da Porta dos Fundos pela publicidade. Afinal, para as agências, pouco importa se o humor da trupe terá fôlego para resistir ao próximo verão.

É visível que toda essa procura vem do sucesso feito por eles com o público mais jovem. No entanto, fica cada vez mais difícil não enjoar da comicidade pastel de Fábio Porchat a cada aparição do humorista na TV. Seja nas cenas interpretando o afetado Júnior, de A Grande Família, tentando emagrecer no quadro Medida Certa, do Fantástico, ou nos inúmeros comerciais que ele protagoniza.

Se a ideia era fazer humor de qualidade e de teor mais alternativo, longe do mainstream televisivo, qual a coerência de Clarice Falcão cantar suas musiquinhas para pregar a "felicidade" de comprar em uma rede de supermercados? É preciso ter cuidado ao associar sua imagem criativa aos produtos. Mas parece que, para o setor comercial do Porta dos Fundos, mais vale ganhar dinheiro do que ser seletivo e coerente com seus próprios objetivos.

Fonte: TV Press
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