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Netflix lança minissérie de animação inspirada nas mitologias Asteca, Maia e Inca

'Foi muito importante criar heróis com representatividade para as crianças', diz o criador de 'Maya e os 3 Guerreiros', Jorge Gutiérrez

21 out 2021 - 08h10
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"Se assim deve ser, então é o nosso dever", esse é o lema da nova animação da Netflix que estreia nesta sexta-feira, 22. Em nove episódios, Maya e os 3 guerreiros traz lições valiosas como coragem, determinação e o poder da amizade não só para as crianças, mas toda família.

Em um mundo fantástico cheio de magia e controlado por quatro reinos, Maya, uma rebelde princesa guerreira, está prestes a completar 15 anos e celebrar sua coroação.

Mas, tudo muda quando os deuses do submundo chegam e anunciam que a vida dela deve ser oferecida como sacrifício ao Deus da Guerra, um preço que deve ser pago pelo passado secreto da família.

Se a guerreira não se entregar, o mundo enfrentará a vingança dos deuses. Então, ela embarca em uma jornada emocionante para cumprir uma antiga profecia que diz que a chegada de três grandes guerreiros vão ajudar a derrotar os deuses e salvar a humanidade.

"A ideia é justamente essa de que não importa quão louco esteja o mundo, cabe a você escolher fazer a diferença", afirma Jorge R. Gutiérrez, o criador e produtor executivo da minissérie.

Ele, que também criou as animações El Tigre: As Aventuras de Manny Rivera e Festa no Céu, explica que a ideia original era transformar a história em três filmes e que a grande inspiração para a personagem foi a companheira, Sandra Equihua.

"Eu a conheci quando ela tinha 17 anos. Sandra era uma garota rebelde, o pai dela é um médico e as três irmãs também, mas ela queria ser artista. Então, eu me apaixonei por essa rebelde e foi isso que inspirou Maya", revelou.

Em entrevista ao Estadão, Sandra, que é consultora criativa da produção, falou sobre outra inspiração para a animação: a cultura mesoamericana. Maya e os 3 Guerreiros é baseada em uma mistura das mitologias Asteca, Maia, Inca e a cultura Caribenha moderna.

"Como uma latina-americana, quando nós estamos no nosso país de origem, nos vemos como diferentes. Mas, quando estamos longe de casa e vemos outros latino-americanos, não importa se você é do Brasil ou México, criamos uma conexão. Então esperamos que essa irmandade seja comunicada para o mundo", disse.

"Nós só vemos histórias de diversas partes do mundo, mas nunca sobre a nossa. Então, não ver heróis que se pareçam com você pode te afetar. Muitas vezes, quando tinham heróis que pareciam com a gente, eles eram criados sob o olhar de um outro país sobre nós. Então, foi muito importante criar heróis que trouxessem representatividade para as crianças, baseados nas pessoas que conhecemos, e mostrar pro mundo", acrescentou Jorge.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Estadão
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