Léo Rosa tentou novo método em vilão em 'Promessas de Amor'
- Manoela Reis
- Rio de Janeiro
Quase sempre um ator gosta de conferir seu trabalho vendo as cenas que gravou para a TV. Mas Léo Rosa preferiu não ver as imagens de seu primeiro antagonista, o Nestor de Promessas de Amor. Isso, para não influenciar no seu processo de construção do personagem e, consequentemente, no resultado final da história, que termina no próximo dia 3.
"Peguei isso da minha experiência no teatro. No palco, não nos assistimos", justifica. Mesmo sem acompanhar o folhetim que já está na reta final, Léo considerou a experiência de interpretar o vilão Nestor algo diferente, já que até hoje havia feito dois mocinhos na TV.
"Com apenas três anos de trabalho, ainda não desenvolvi um método. No caso do Nestor fui testanto como agir, onde me concentrar. Foi uma oportunidade de mostrar que posso fazer algo mais, e acho que consegui", gaba-se.
Na terceira e última temporada da trama mutante de Tiago Santiago, o personagem de Léo teve uma relação com a ex-garota de programa Armanda, de Bianca Castanho, mas queria mesmo era casar com a professora inocente Sophia, de Renata Dominguez.
Para isso o típico "bad boy" rico contratou um capanga para matar o mocinho e namorado de Sophia, Armando, de Luciano Szafir, mas não obteve êxito, já que ser jogado de um penhasco de mais de 30 metros de altura não foi suficiente para derrotar o resistente herói. No entanto, o vaidoso personagem de Léo ainda tentou dopar a moça para mantê-la ao seu lado, apenas como um troféu.
"A trajetória de Nestor foi marcada por essa ambição desenfreada. Ele chegou a roubar o próprio pai. Mas ainda assim ele conseguia ser um vilão bem-humorado, que ri das situações socialmente incorretas", defende.
Apesar de ter estado na temporada de menor audiência da trilogia da Record, Léo não se decepcionou com a diminuição do espaço dos personagens humanos e o aumento dos mutantes durante o desenrolar da trama. "Novela é uma obra aberta. E nós sabíamos que isso poderia acontecer. A ideia inicial não era essa, mas a emissora precisa se preocupar com audiência", defende. O ator também não se preocupou com os cortes de cenas de sexo determinados pela direção da emissora. "Não senti isso de maneira direta. Talvez os diretores possam falar melhor, mas eu não tive problemas com isso e não me incomodei", desvencilha-se o ator, que já está em seu terceiro trabalho na emissora.
Em 2007, Léo teve seu primeiro papel na TV como protagonista da novela de Marcílio Moraes, Vidas Opostas. No folhetim ele estreou como o bom moço Miguel, que se apaixonou pela mocinha pobre Joana, vivida por Maytê Piragibe. A trama chegou a 25 pontos de média marcados pelo Ibope durante o último capítulo. "A minha vida se divide em antes e depois deste folhetim. Eu nunca tinha trabalhado em TV na vida. Foi uma grande aposta da Record e do Marcílio. O melhor é ver que tudo deu certo", acredita. Apesar de definir como um trabalho decisivo na sua vida, ele não gostou de toda a experiência. "Acho que hoje eu faria de maneira bem diferente o Miguel.
Eu tinha 22 anos e nunca tinha visto um set na vida. Mas na época, foi o que eu podia dar", lembra ele, que também fez outro cansativo bom moço em 2008, o João no folhetim Amor e Intrigas, também na Record.
Seu contrato de três anos com a emissora termina em outubro e, por enquanto, o ator não foi procurado para uma renovação. "Acho que ainda está cedo para ser procurado. Prefiro não palpitar quanto ao contrato", desconversa ele, que afirma querer continuar na TV. "Se for na Record, melhor ainda. Mas isso é apenas uma vontade, temos que ver o que é vantajoso para mim e para a emissora", resigna-se.
