Emissoras demitem para economizar após faturar R$ 2,1 bilhões com publicidade no 1º trimestre
TV continua a concentrar maior fatia do investimento dos grandes anunciantes apesar das audiências instáveis
De janeiro a março de 2025, o mercado publicitário brasileiro comprou em mídia R$ 4,7 bilhões, aumento de 3,14% em relação ao 1º trimestre do ano passado. O levantamento é do Cenp-Meios.
A TV aberta continua a ser o veículo de maior interesse dos anunciantes: recebeu 1,751 bilhão pela venda de espaço nos intervalos e ações de merchandising. Os canais pagos atraíram R$ 442 milhões em verbas.
Juntas, as TVs aberta e paga concentraram 46,5% de todo o investimento em propaganda no período. A internet ficou com 36,5%, com R$ 1,721 milhões, faturamento quase idêntico ao da TV aberta sozinha.
Apesar do otimismo gerado pelos números, a maioria das redes continua com problemas financeiros. As receitas crescem desproporcionalmente ao custo de operação cada vez mais elevado.
Eventualmente, ainda acontecem ondas de demissões para se fazer economia. O SBT, por exemplo, dispensou em junho dezenas de profissionais de seu departamento de teledramaturgia. Os talentos humanos acabam sacrificados para que as contas fechem.
