Diretor de História de Amor morreu aos 52 anos vítima de tumor cerebral
Fábio Junqueira, diretor-assistente de História de Amor, novela que está no ar em reprise da Globo, morreu em 2008 após enfrentar câncer no cérebro
Fábio Junqueira, ator e diretor que trabalhou em produções de sucesso e tem um de seus trabalhos mais bem sucedidos, História de Amor, atualmente no ar na Globo, morreu aos 52 anos vítima de tumor cerebral. Com uma trajetória marcante, seu último trabalho como ator foi a versão da Record de Escrava Isaura e a aposentadoria como diretor veio um ano antes de sua despedida final em 2008. Relembre a história do artista.
Jornada na dramaturgia
Nascido em São Paulo, em 30 de março de 1956, Fábio teve um início precoce no teatro, atuando desde os 12 anos no Teatro Amador do Benett (TAB), sob a orientação de Lúcia Coelho. Com o tempo, consolidou-se como professor e diretor, além de integrar importantes companhias teatrais que revolucionaram a cena artística carioca durante o regime militar, como Asdrúbal Trouxe o Trombone e Pessoal do Despertar.
No teatro, brilhou ao lado de grandes nomes como Marília Pêra e Domingos de Oliveira, com os quais protagonizou montagens memoráveis. Destacou-se na peça Separações, que posteriormente virou filme, e marcou presença em espetáculos clássicos como O Mercador de Veneza e A Tempestade, consolidando seu nome na cena teatral brasileira.
Atuação e direção
Fábio Junqueira teve passagens marcantes pela televisão, tanto na frente quanto atrás das câmeras: como ator, integrou elencos de sucessos como Vale Tudo, Por Amor, Torre de Babel e Mulheres Apaixonadas, além de participações em Você Decide e minisséries como As Noivas de Copacabana.
Nos bastidores, atuou como diretor-assistente em novelas importantes da Globo, como História de Amor e Quem é Você?, além de comandar produções na Record, incluindo Luz do Sol, Essas Mulheres e Cidadão Brasileiro. Também teve uma passagem pelo cinema, participando de filmes como Nunca Fomos Tão Felizes e Policarpo Quaresma - Herói do Brasil.
Luta contra o câncer
Em julho de 2008, Fábio Junqueira foi internado na Casa de Saúde São José, no bairro Humaitá, Rio de Janeiro, após apresentar um edema cerebral decorrente de um câncer no cérebro. Apesar dos esforços médicos, seu quadro se agravou e ele faleceu em 20 de novembro do mesmo ano.
Seu corpo foi velado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, local que recebeu homenagens de familiares, amigos e colegas de profissão. Deixou um filho biológico, Caio Junqueira, e um enteado, Jonas Torres, que também trilharam o caminho nas artes.
Caio morreu em 2019, aos 42 anos, após sofrer um grave acidente de carro no Aterro do Flamengo.