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Bocardi é o 2º candidato a suceder Bonner que cai por denúncia: ocorrerá de novo?

Caso do ex-âncora do ‘Bom Dia São Paulo’ pode não ter acabado caso se confirme o boato de possível processo contra a emissora

6 fev 2025 - 00h28
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Na política, a maioria dos adversários digladia diante das câmeras e, nos bastidores, dá tapinhas nas costas e conta piadas no cafezinho. No telejornalismo, a rivalidade é bem mais hostil. 

Há apresentadores que se detestam. A troca de elogios e sorrisos acontece apenas para o telespectador. Longe do olhar do público, vivem clima de guerra alimentado por vaidade e ambição. Receber rasteira de um colega é comum em grandes empresas de comunicação.  

A queda de Rodrigo Bocardi na Globo guarda semelhança com a derrocada de Dony De Nuccio na emissora, em 2019. Ambos denunciados à direção por prestar serviços de comunicação a empresas poderosas, sem o conhecimento dos chefes. 

Nos dois casos, comentou-se a existência de dossiê comprometedor, reuniões secretas do delator com a cúpula do jornalismo da emissora e pressão para uma resposta rápida antes de possível vazamento de dados. Quem denunciou? Por qual interesse pessoal? “Mistééério”, diria a Dona Milu de ‘Tieta’. 

Dony tomou a iniciativa de se demitir diante do escândalo de conflito de interesses. Caiu, mas recebeu carta amistosa do então diretor de jornalismo, Ali Kamel. Com Bocardi, a situação foi bem pior. 

Um comunicado seco chegou ao e-mail da imprensa. Sem o poupar, o canal ressaltou a suposta culpabilidade do âncora, ainda que não tenha revelado detalhes da infração ética. Único atenuante: usou a palavra ‘desligado’ ao invés de ‘demitido’. 

O jornalista Daniel Castro, do ‘Notícias da TV’, informou que a demissão foi por justa causa. Como era CLT (carteira assinada) desde que a Globo aboliu os contratos de PJ (pessoa jurídica) no jornalismo, o apresentador ficou no prejuízo. 

Perdeu o direito à multa de 40% do FGTS, não pode sacar o saldo integral do fundo de garantia e não tem direito ao seguro-desemprego. O salário de Bocardi seria de R$ 80 mil. Bom valor, mas abaixo dos ganhos da maioria dos âncoras de telejornais de outras TVs. Na internet, há notas a respeito da intenção do jornalista em processar o antigo empregador. 

Coincidência ou não, Bocardi e De Nuccio eram nomes fortes na lista de pretendentes a ocupar a iminente vaga de William Bonner na bancada do ‘Jornal Nacional’. Ambos faziam parte do rodízio de apresentadores do telejornal de maior prestígio do País. 

Agora, restam poucos nomes. O mais influente é o de César Tralli, que já surge eventualmente no ‘JN’ em folgas e férias do titular. De segunda a sexta, ele comanda o ‘Jornal Hoje’ e o ‘Edição das 18h’ da GloboNews. Acumula cada vez mais poder, status e popularidade nas redes sociais. 

Até ontem à noite, Tralli seguia Bocardi no Instagram, porém, não era seguido pelo ex-‘Bom Dia SP’. Bocardi e Dony De Nuccio se seguem mutuamente. Nuccio não segue Tralli e vice-versa. Certas sutilezas dizem muito.

Rodrigo Bocardi e Dony De Nuccio: eles estavam na fila para uma vaga fixa no 'Jornal Nacional' até que um escândalo parecido resultou em saída abrupta da Globo
Rodrigo Bocardi e Dony De Nuccio: eles estavam na fila para uma vaga fixa no 'Jornal Nacional' até que um escândalo parecido resultou em saída abrupta da Globo
Foto: Reproduções
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