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Martírio de Diana ajudou Meghan ser aceita pela realeza hoje

Noiva plebeia, divorciada e afrodescendente refresca imagem antiquada da monarquia

10 mai 2018 - 14h01
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Foi necessário que a Princesa Diana vivesse um calvário novelesco ao enfrentar o lado cruel da Coroa Britânica para que Meghan Markle tenha conseguido ser bem-aceita pela família real mais famosa e poderosa do planeta.

Diana em retrato oficial de seu casamento: o conto de fadas virou um filme de terror
Diana em retrato oficial de seu casamento: o conto de fadas virou um filme de terror
Foto: Divulgação

Vinte e um anos após a morte da eterna Lady Di, seu filho caçula, Harry, subirá ao altar com uma noiva que contradiz a imagem de ‘esposa perfeita’ para um príncipe.

Harry e Meghan: o caçula de Diana escolheu para esposa uma mulher tão ousada quanto sua mãe
Harry e Meghan: o caçula de Diana escolheu para esposa uma mulher tão ousada quanto sua mãe
Foto: Divulgação

Meghan Markle é norte-americana, plebeia, miscigenada (pai branco, mãe negra), atriz e – céus! – divorciada. Ah, e mais velha que o cobiçadíssimo príncipe ruivo.

Em outro tempo, esse conjunto de características seria bombástico: é pouco provável que a conservadora rainha Elizabeth autorizasse o casamento do neto com mulher tão fora do ‘padrãozinho’ da nobreza.

Mas o quiproquó que Diana provocou no clã Windsor durante seu casamento e depois, na vida de separada, fez com que Meghan ganhasse a simpatia dos futuros parentes nobres e do povo.

Rebelde, a então esposa de Charles se recusou a fingir diante das câmeras. Deixou evidente a opressão que sentia por parte do marido e da realeza. 

O mundo soube, abismado, que aquela princesa de conto de fadas se tornara a mais infeliz das nobres.

“Ela era apenas uma garota de 20 anos que se casou com uma instituição, a monarquia”, explicou Harry em um documentário sobre a mãe.

Ao sapatear nas tradições, Diana obrigou a Coroa a dar mais liberdade às mulheres do círculo real – e fez a rainha Elizabeth ter consciência de que tinha uma tão família problemática como qualquer outra de seu reino.

A aclamada Princesa do Povo humanizou a monarquia da qual fez parte. Expôs as entradas de uma estrutura que precisava urgentemente se modernizar.

Ela antecipou o movimento de empoderamento feminino ao atacar as tradições machistas e sexistas dos nobres ingleses.

Pagou um preço alto por ousar tanto, mas é provável que fizesse tudo de novo. 

“Todos nós precisamos demonstrar o quanto nos importamos uns com os outros e, no processo, cuidar de nós mesmos”, disse certa vez.

Diana obrigou a rainha Elizabeth a ser mais flexível e descer do pedestal para enxergar a diversidade ao seu redor.

Com isso, abriu caminho para que suas futuras noras – Kate (casada com William desde 2011) e agora Meghan Markle, que se unirá a Harry no dia 19 – sejam respeitadas pela Coroa e relativamente livres para viver ao seu modo.

O legado da princesa Diana se renovou com o casamento de William e terá ainda mais relevância com o matrimônio de Harry.

Morta em acidente de carro em Paris, vítima da própria fama ao ser perseguida por paparazzi, a princesa que virou a rainha da mídia planetária está mais viva do que nunca.

God save Diana.

Filme sobre príncipe Harry e Meghan tem pré-estreia em LA:
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