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Estão em reprises do ‘Viva’ as melhores vilãs do momento

Branca Letícia, Perpétua Esteves Batista e Joana Flores são um presente ao telespectador

18 nov 2017 - 15h04
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Os noveleiros de hoje em dia não têm mais paciência para as mocinhas excessivamente ingênuas, sofredoras e monótonas.

Neste momento, tramas inéditas como ‘Tempo de Amar’, ‘O Outro Lado do Paraíso’ e ‘Belaventura’ apresentam heroínas que, capítulo após capítulo, comem o pão que o diabo amassou.

Há uma overdose de ‘sofrência’. O público até gosta de um bom drama, porém, um chororô sem fim não é exatamente o tipo de entretenimento que busca ao ligar a TV.

Branca, Perpétua e Joana: atuações impecáveis em boas ‘novelas de antigamente’
Branca, Perpétua e Joana: atuações impecáveis em boas ‘novelas de antigamente’
Foto: Divulgação/TV Globo

Por isso, as vilãs passaram a fazer tanto sucesso. Elas são dinâmicas, enérgicas, às vezes cômicas. Personagens mais verossímeis, gente como a gente.

Na TV aberta, acompanhamos agora as maldades de víboras como a Maria Pia (Mariana Santos) de ‘Pega Pega’ e a Sophia (Marieta Severo) de ‘O Outro Lado do Paraíso’.

Mas é no Canal Viva, exclusivo para assinantes de TV paga, que estão as melhores antagonistas da temporada. Três novelas antigas exibidas na sequência oferecem um show de vilania.

A começar pela loiríssima e debochada Branca Letícia, em atuação insuperável de Susana Vieira. A dondoca de ‘Por Amor’ (1997-1998) pisa em cima de qualquer um que cruza seu caminho.

É dela a saborosa autodefinição ‘quando eu sou boa, eu sou boa. Mas quando eu sou má, sou ótima’. Como não gostar de uma peçonhenta tão espirituosa?

Branca representa a postura esnobe e preconceituosa da classe A em relação a todos aqueles que não fazem parte do mesmo grupo social.

Em seguida surge Perpétua Esteves Batista, a rainha das carolas de Santana do Agreste. Papel desempenhado magistralmente por Joana Fomm em ‘Tieta’ (1989-1990).

Dona de humor cáustico, a viúva faz o impossível para destruir a felicidade alheia. Um urubu que deixa um rastro de carniça por onde passa.

Quase trinta anos depois, Perpétua continua a ser um retrato crítico de um mal contemporâneo: a intolerância generalizada e, dentro desta, a intransigência religiosa.

A terceira vilã inesquecível é Joana Flores, a poderosa e amargurada matriarca vista em ‘Fera Radical’ (1988). Foi o último trabalho da atriz Yara Amaral.

Poucas semanas após o fim das gravações, ela morreu no naufrágio do Bateau Mouche, no Réveillon carioca daquele ano. Tinha 52 anos.

Dramática, Joana se prova capaz de crimes odiosos contra seus inimigos. Exala angústia e ressentimento pelos poros.

Uma interpretação impecável de uma artista que deixou sua marca na teledramaturgia brasileira – e desperta saudosismo em quem se divertiu com as novelas e as vilãs das décadas de 1980 e 1990.

Além de encantar as novas gerações que agora têm a oportunidade de conhecer essas maravilhosas malévolas. Elas provam que o mal pode ter um charme irresistível.

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