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Aparecida Petrowky sofre na pele da Sandrinha de 'Viver a Vida'

20 set 2009 - 08h50
(atualizado às 10h06)
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Camilla Gabriella
Gabriela Germano
Rio de Janeiro

Nem parece que Aparecida Petrowky é estreante em novelas. A Sandrinha de Viver a Vida tem tanta história para contar... Para ganhar o papel na novela de Manoel Carlos, por exemplo, fez oito testes. Antes de se tornar atriz, formou-se em Fisioterapia, morou em Londres. Com o riso solto, ela também fala sobre sua história de vida, explica a origem de seu sobrenome complicado e conta que cresceu em meio a duas famílias, uma biológica e uma de criação. E não esconde a empolgação em estar no horário nobre da Globo onde interpreta a mulher do traficante Benê, vivido por Marcelo Melo.

Sua personagem Sandrinha começou aprontando logo no início da trama. Que surpresas podemos esperar pela frente?

Não sei o que o Manoel Carlos vai preparar. A Sandrinha fez escolhas erradas, mas ela também tem um lado que gosta de chamar a atenção da irmã, da mãe. É uma personagem com muitas nuances. Não tem diplomacia, fala o que pensa. Rebelde, tem uma angústia muito grande e sofre com isso. Mas também tem um lado aventureiro e eu faço questão de gravar todas as cenas de aventura dela. Vamos ver o que virá por aí.

Você já chegou a gravar cenas perigosas?

Faço todas as cenas da novela, inclusive as que foram gravadas no morro. Já me ralei toda. Mas não corri perigo algum. Foi tudo feito com prazer, já que essa é minha primeira novela e fiz oito testes para esse papel.

Oito testes?

Isso mesmo. Havia meninas lindíssimas fazendo e eu achava que nem ia passar.

E por que acha que foi a escolhida no meio de tantas candidatas ao papel de Sandrinha?

Acho que me saí bem, mesmo sendo completamente diferente da Sandrinha. Até a entonação de voz dela é diferente. Se temos um ponto em comum, acho que é só a determinação.

Conhece alguém como ela, que tenha sido inspiração?

Conhecer, não. Mas já ouvi relatos por aí de conhecidos. Afinal, quem não tem uma ovelha negra na família? Você dá estudo, prepara a pessoa e ela vai... ser artista como eu (risos).

Como assim, você é ovelha negra?

(Mais risos). Brincadeira, é que sou a única atriz em uma família de médicos, advogados e professores. E no início ninguém queria que eu seguisse essa carreira, tanto que fui fazer Fisioterapia. Até cuidei de Taís Araújo quando ela teve um probleminha nas gravações em Búzios.

E como aconteceu a passagem para a carreira de atriz?

Comecei a fazer teatro por causa da minha timidez. Isso faz uns 10 anos. Na primeira aula, tinha que falar de mim e não consegui. Aí fiz todos os cursos que se pode imaginar: Tablado, Unirio, me formei em Artes Cênicas. Quando terminei a faculdade, recebi uma proposta para morar em Londres. Eu só tinha um carro aqui e pensei: 'Por que não?' Vendi o carro e fui. Lá fiz um curso de teatro-terapia. Só voltei por causa do visto mesmo, quatro ou cinco atrás. Ja montei peça de teatro aqui que foi um sucesso também. Foi bom porque agora estou realizando esse sonho de fazer a novela.

Hoje sua família apoia sua decisão?

Na verdade minha história familiar é meio confusa. Tenho duas famílias. Minha mãe biológica está viva, mas meu pai não. Minha mãe de criação também morreu. Mas não tenho traumas por isso, não, me dou bem com todo mundo. Sou muito tranquila em relação a essa história.

Como é essa sua história familiar? Pode contar?

Tudo começou com a minha avó, que trabalhava na casa de uma família, faleceu e deixou a minha mãe pequena. Essa família resolveu criar minha mãe. Com 14 para 15 anos, ela conheceu meu pai, um russo naturalizado brasileiro e engravidou. Era muito imatura ainda e não estava preparada para me criar. Foi morar em outro lugar e uma outra pessoa desta família que citei praticamente me adotou, cuidou de mim, se transformou em minha mãe. Meu sobrenome é Petrowky por causa do meu pai biológico que era russo.

E hoje você vive com quem?

Hoje moro sozinha, estou com 27 anos. Minha mãe de criação me criou de maneira bem independente. Era pedagoga, inteligentíssima. Ela faleceu aos 43 anos, vítima de câncer, e deixou mais dois filhos. E foi minha mãe biológica que foi cuidar desses meus irmãos. É como se fosse uma troca, uma retribuição. Mas sabe que, nas cenas em que gravei passando a mão na barriga por causa da gravidez da Sandrinha, pensei bastante nela? É algo muito especial.

Aparecida Petrowky passou por 8 testes antes de ser escalada
Aparecida Petrowky passou por 8 testes antes de ser escalada
Foto: TV Globo / Divulgação
Fonte: O Dia
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