Aguardado roubo da estátua de ‘Três Graças’ tem ‘furos’ e pouco suspense
Excesso de falas cômicas tiraram a tensão do momento que deveria impactar o telespectador
Vista como possível ponto de virada no Ibope, a sequência do roubo da estátua de 1 milhão e meio de dólares de ‘Três Graças’ foi arrastada e inverossímil.
Difícil acreditar no amadorismo dos ‘ladrões do bem’: estacionaram a caminhonete na frente da mansão à luz do dia e com o rosto à mostra.
Só depois colocaram uma espécie de máscara balaclava estampada. Na chegada e fuga, ficaram ao alcance do olhar dos pedestres, motoristas e vizinhos.
O desenrolar da ação teve texto cheio de piadinhas. Nenhum suspense ou emoção. A única surpresa foi o tapa no rosto da líder do grupo, Gerluce (Sophie Charlotte), dado por um de seus cúmplices para encenar a inocência da cuidadora.
A vilã Arminda (Grazi Massafera) oscilou entre o choro pela obra de arte e a tentativa de fazer humor mordaz com a situação, inclusive cedendo ao fetiche por bandido.
Não mostraram em detalhes a retirada da estátua da sala, o içamento no jardim e o assentamento na caçamba do veículo. Tudo aconteceu como se fosse fácil.
No fim, um plano com execução constrangedora de tão rudimentar. Previsibilidade e quebra de expectativa em momento tão aguardado da trama. Faltou o imprescindível clímax.
O melhor do capítulo foi a atuação de Sophie Charlotte, especialmente ao dissimular diante do namorado, o detetive Paulinho (Rômulo Estrela). A atriz conseguiu transmitir com sutileza as camadas emocionais da personagem ambígua.
A coluna será atualizada quando o índice de audiência for divulgado.