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Turma do Pagode aposta em live show em cine drive-in

Grupo se apresentará no sábado (27), às 19h, com transmissão pelo YouTube diretamente do interior de São Paulo

25 jun 2020 - 17h40
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Turma do Pagode
Turma do Pagode
Foto: Lucas Motta

A Turma do Pagode se reiventa a cada live. Em sua terceira experiência, o grupo subirá ao palco de um espaço, no interior de São Paulo, com capacidade para 150 carros. 

"Nós sempre buscamos apresentar coisas novas aos nossos fãs e a ideia de fazer em um cine drive-in surgiu em um bate-papo", diz o percussionista Thiagão.

Será primeiro grupo de pagode e um dos primeiros artistas no Brasil a apresentar esse formato para o público. "É uma oportunidade de estarmos próximos ao público, mas sem deixar de lado todas as medidas de distanciamento social importantes para atravessarmos esse momento difícil com segurança", completa.

O repertório vai mesclar canções do grupo mais recentes e grandes sucessos, além de regravações que fazem parte do trabalho mais recente, o EP "Versões".

Thiagão conversou comigo na tarde desta quinta (25) sobre os preparativos, como o grupo está se adaptando ao novo formato desde que tiveram a agenda suspensa, expectativas para a apresentação e os planos para a pós pandemia. Leia abaixo nossa conversa:

Adriana: Vocês já fizeram duas lives e agora apostam em um novo formato. Como está essa adaptação de tocar sem o ter o calor do plateia?

Thiagão: O artista só existe por causa do público. Nós sem o público não somos nada. E quando isso tudo começou [pandemia], a gente já imaginava que a live seria com o mínimo de pessoas para atender as regras do isolamento. A primeira [live] que fizemos foi numa casa com um número reduzido de pessoas, nós e a equipe técnica.

Na segunda live, eu vi a do David Guetta. Ele estava numa piscina e um monte de gente nas sacadas e na hora sugeri ao nosso diretor esse formato. E acabamos fazendo no prédio. Lá tínhamos o público na vertical. Foi muito louco porque fizemos com as pessoas assistindo o e foi uma forma de ter o público perto. Conseguimos fazer algo diferente. E agora surgiu a oportunidade de fazer no drive-in.

Como você acha que será essa terceira experiência em um cine drive-in?

Estamos felizes em ser o primeiro grupo de pagode a ter essa experiência. Serão 150 carros e no máximo 600 pessoas. A gente está bem feliz porque faremos uma live próxima ao nosso público. Essa terceira já é diferente do prédio. Não sei como vai ser a reação do público. Talvez eles pisquem o farol no final de cada música, gritem, buzinem. Eu realmente não sei, mas isso cria uma expectativa muito legal. Esperamos que as pessoas possam se divertir. O legal é que de fato estaremos em um palco e isso vai nos fazer matar a saudade. Os ingressos estão praticamente esgotados. O cara vai se arrumar, sair de casa e curtir com os amigos.

O pagode é um gênero que pede muito a interação entre as pessoas. Qual feedback que vocês têm dos fãs sobre esses novos formatos?

No caso do Turma do Pagode, quando começamos o isolamento social, estávamos vindo das férias. A gente já estava fora do circuito há 30 dias. Então, quando anunciamos a primeira live, foi uma forma de matar a saudade. Só que pra nós falta aquele calor. Nós sentimos muito a falta do público, a troca de energia é fundamentalmas. Mas elas [pessoas] deram um feedback positivo por poder matar essa saudade. Na live do prédio conseguimos sentir mais e conseguimos ser reativos. E com a reação da galera sentimos muito mais. O presencial é insubstituível. A expectativa do fã é um lance importante. A live é legal, mas nada como o presencial. 

Do ponto de vista técnico, qual é o maior desafio do grupo em apresentar um show com boa qualidade?

Na primeira live estávamos praticamente 30 dias sem nos encontrar. Geralmente quando voltamos de férias, retomamos com ensaio. E não pudemos para essa primeira apresentação. Em relação a parte técnica, nos preocupamos porque aquilo fica registrado pra vida toda. Musicalmente, na primeira optamos tocar umas músicas mais antigas e deu super certo. Apesar de não tocar há bastante tempo, passamos o repertório duas horas antes e fizemos algo mais informal, um pagodão. 

Na segunda live, como estávamos no prédio, colocamos um repertório para que as pessoas se sentissem mais dentro do show. Tecnicamente temos todos os cuidados em transmitir algo legal para o público. Existe uma preocupação muito grande em relação ao equipamento, som, repertório e uma internet que não trave e não tenha o delay. O Turma do Pagode é detalhista, além disso, a qualidade tem que ser boa porque todas nossas lives vão virar EP.

Vocês fazem planos para o retorno aos palcos com a presença do público?

Esse ano de 2020 vamos gravar um DVD de 20 anos de carreira. Nós já estávamos falando de lugares e tudo brecou com o que aconteceu. Nós estamos cientes da situação econômica. Sabemos que o entretenimento é tratado como supérfluo. Então, vamos esperar pra ver como as coisas ficarão. Ainda não conversamos mas estamos dispostos a entender o mercado para que consigamos nos adaptar. Teremos que nos adequar à nova realidade. Temos vários projetos e o primeiro é esse DVD, mas vamos avaliar se será viável.

A prática das doações vieram com a chegada das lives. Por que você acha que poucos artistas tinham iniciativa como essas antes da pandemia? Vocês pretendem manter isso nos shows com o público?

A sua pergunta é uma ótima ideia. Obviamente que ajudamos de maneira individual, mas nesse formato foram com as lives.Estamos conseguindo ajudar muitas pessoas com essas arredações. Tudo que acontece de ruim sempre tem um lado bom. Acho que essa situação que estamos passando está nos fazendo enxergar isso. Acho perfeito manter isso. Você está dando uma ideia tão legal que prometo ter levado adiante.

Serviço

Turma do Pagode no cine drive-in

Quando: 27 de junho, sábado, a partir das 19h

Onde: https://www.youtube.com/user/grturmadopagode

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