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Tropkillaz lança música com Iza e Matuê na CCXP 2019

Parceria com dupla e DJs de sucesso internacional também rendeu videoclipe, que será lançado no palco Creators

6 dez 2019 - 09h37
(atualizado às 09h54)
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A dupla de DJs e produtores André Laudz (Laudz) e Zé Gonzales (DJ Zegon), do projeto Tropkillaz, acumula milhões de visualizações na internet e tomou o mundo inteiro de assalto com sua música. Só a música “Bola Rebola”, com participação de Anitta e J. Balvin, soma impressionantes 153 milhões de visualizações no Youtube.Nesta sexta-feira (6), a dupla lança na CCXP 2019 música e videoclipe de "Quem Mandou Chamar", com Iza e Matuê (confira abaixo).

Mas se engana quem pensa que a dupla só surgiu no cenário musical agora. “Já tenho quase 30 anos de carreira, na verdade. Fui do Planet Hemp, tive um outro projeto que chamava N.A.S.A. Trabalhei com quase toda a geração dos anos 90 do rap nacional.” explica o veterano DJ Zegon. Laudz era produtor musical, e o encontro dos dois acabou se dando pelo Twitter. 

Tropkillaz lança música em parceria com Iza e Matuê.
Tropkillaz lança música em parceria com Iza e Matuê.
Foto: Reprodução/Facebook

Os dois também comentaram o recente episódio em que a ação da Polícia Militar em um baile funk de Paraisópolis resultou na morte de nove jovens. "É muito triste ver como o jovem de periferia é tratado", lamentou DJ Zegon. "Quando acontece com a outra parte das pessoas [em festas elitizadas], a polícia tá lá para proteger. Então, tem alguma coisa errada", afirmou Laudz sobre a diferença de tratamento da polícia quando os eventos acontecem em regiões privilegiadas da cidade.  

Em entrevista ao Terra, a dupla relembrou o início de carreira, fala sobre as parcerias com artistas nacionais e internacionais e discute o sucesso internacional.

Como surgiu o projeto Tropkillaz? Vocês já trabalhavam com música…

Dj Zegon: A gente começou em 2012. Eu já tenho quase 30 anos de carreira, na verdade. Fui do Planet Hemp, tive um outro projeto que chamava N.A.S.A. Trabalhei com quase toda a geração do anos 90 do rap nacional, trabalhei com Racionais, Sabotage, MV Bill, Marcelo D2. E o Lauz era o produtor que tava aparecendo mais na cena nova, de 2010 pra frente, e a gente se conheceu no Twitter. Começamos a trocar figurinhas, conversar sobre música, e não tínhamos um plano de criar um projeto musical. Foi sem compromisso, aconteceu naturalmente. 

E como surgiu a oportunidade de vocês fazerem colaborações com outros artistas?

DJ Zegon: A gente trabalhou primeiro alguns anos, no que a gente chamava de Hip Hop instrumental misturado com eletrônico, que não dependesse de “feats” ou de vocais. Música de DJ. O Pessoal tava produzindo EDM [Eletronic Dance Music] na época, e a gente falou “vamos transformar isso em batidas de rap”. Todo o primeiro conceito do Trop era baseado em samples e colagens, a gente fazia música que não dependesse de ninguém. Isso viralizou fortemente nessa cena de 2013, 14, 15. Emplacamos música fora do Brasil, fizemos turnê fora do Brasil antes mesmo de vir pra cá, ninguém sabia que a gente era brasileiro. Daí começaram as ideias de se aproximar da música brasileira, e isso acabou acontecendo aos poucos. 

A nova música de vocês, “Quem Mandou Chamar”, é uma parceira com Iza e Matuê, dois grandes nomes da música atual. Como vocês começaram a trabalhar juntos?

Laudz: A gente tava querendo fazer uma música com participações inusitadas, uma mistura inusitada. Então o Zé falou com a Iza, eu falei com o Matuê e acabamos fazendo uma maneira de misturar todos os estilos: O Tropkillaz e os dois. E rolou legal, eles curtiram muito o convite e essa mistura. Ficou uma música muito boa, acho que o pessoal vai gostar. 

Falando em parcerias. Se vocês pudessem escolher qualquer nome da música, nacional ou internacional, para colaborarem, quem seria?

DJ Zegon: A gente faria com o Dr. Dre, porque além dele ter dois dos maiores discos da história do Rap ele é uma das maiores influências como produtor para a gente, também. A gente é muito mais fã de produtor do que de cantor! (risos)

Recentemente houve um episódio trágico na favela de Paraisópolis, no qual uma confusão no baile funk devido a uma ação policial resultou na morte de 9 pessoas, entre essas jovens de 14, 16 anos… Como esse acontecimento afetou vocês? 

DJ Zegon: É muito triste ver como o jovem de periferia é tratado, né? O jeito que a polícia age… Tem que mudar, é muito marginalizado. Os caras chegam atirando pra cima, sem saber quem é quem, então é uma tragédia, é muito triste. Podia  ser filho, podia ser irmão, podia ser a gente, nós poderíamos estar lá tocando. A diversão é a única válvula de escape que a periferia tem, a música.

Laudz: Detalhe que a mesma coisa que acontece em festas de lugares teoricamente elitizados, como certas faculdades, é o mesmo tipo de festa. Só muda o público. Quando acontece com a outra parte das pessoas, a polícia tá lá para proteger. Então, tem alguma coisa errada. 

Você pode conferir o novo trabalho do Tropkillaz, “Quem Mandou Chamar”, no link abaixo: 

Fonte: Redação Terra
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