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Titãs celebram os 20 anos do 'Acústico MTV' em novo show

Tony Bellotto, Sérgio Britto e Branco Mello apresentam show 'Titãs Trio Acústico' nesta sexta, 9, em São Paulo

9 ago 2019 - 03h11
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Mais de 20 anos separam o novo show dos Titãs, o Titãs Trio Acústico, de seu emblemático disco Acústico MTV, lançado em 1997 e que vendeu mais de dois milhões de cópias. O show comemorativo atende a um pedido dos fãs da banda que foi feito desde que o Acústico completou duas décadas, em 2017. Na época, no entanto, os Titãs estavam imersos em outro trabalho, o Doze Flores Amarelas - A Ópera Rock, que foi lançado em CD, DVD, nas plataformas digitais e virou turnê. Agora, na estrada com o tour Titãs Trio Acústico, Branco Mello, Sérgio Britto e Tony Bellotto se apresentam nesta sexta, 9, no Credicard Hall.

"A gente parou de viajar com a Ópera pelo Brasil, é uma produção muito mais grandiosa. Esse projeto do Trio Acústico ficou tão divertido e exitoso de público que a gente ficou fazendo ele. A Ópera é atemporal, podemos fazer em qualquer momento. Acabamos privilegiando esse show do trio", comenta Branco. Ele conta que o formato mais enxuto da nova apresentação em relação à da Doze Flores Amarelas - A Ópera Rock também foi levado em consideração.

"Apesar de o Trio Acústico ser muito bem cuidado, dirigido por Otávio Juliano, que é o mesmo diretor da Ópera, obviamente ele é um projeto mais simples de fazer num momento em que o País está mergulhado nessa megacrise. Então, está muito fácil viajar com esse show. A Ópera tem dois atores, três atrizes, uma equipe enorme de contrarregra. Tivemos de guardar essa turnê, apesar de ela estar disponível em todas as plataformas, mas a turnê dela a gente só fez em São Paulo e Curitiba. Fica como um projeto futuro, após esse show de comemoração do Acústico."

Na realidade, o Acústico MTV acabou mais sendo uma inspiração para o trio do que propriamente um modelo a ser seguido à risca. Para começar, a banda não estará acompanhada de uma orquestra, como aconteceu no Acústico. A apresentação está concentrada no trio, com a participação especial do baterista Mario Fabre e do guitarrista Beto Lee, que entraram no grupo após a saída de Charles Gavin e Paulo Miklos. Mais livre, apesar de seguir um roteiro, o show abre espaço para improvisos e para os músicos contarem histórias. Já o repertório traz canções que fizeram parte do projeto em 1997, mas também foram incorporadas outras músicas lançadas pela banda nos anos seguintes.

"De lá para cá, compusemos muita música, gravamos muitos discos também. Então, temos outros grandes sucessos que fizemos depois do Acústico e muitos deles entraram, como Epitáfio, Enquanto Houver Sol, Isso, que é do A Melhor Banda de Todos os Tempos. E há ainda algumas que a gente resgatou que não eram do Acústico, como Sonífera Ilha, que foi a primeira música que a gente gravou."

Do repertório do Acústico, eles trouxeram canções como Go Back, Família, O Pulso, Marvin, Bichos Escrotos, entre outras. "O show é diferente, mas de algumas músicas emblemáticas do Acústico a gente manteve basicamente a essência dos arranjos originais de 97, como Go Back, que o Britto canta em espanhol. Ficou uma mistura interessante do antigo com o novo."

O show foi pensado em três partes. Na primeira, são só os três músicos no palco; depois, são apresentados os solos de cada um; e, na reta final, Beto Lee e Mario Fabre se juntam ao trio, momento do show em que retomam a formação de banda. Tony se alterna no violão e na guitarra; Britto, no piano e no baixo; e Branco, no baixo e no violão.

Aliás, os solos são momentos especiais dentro do show. "Tem uma dose de improviso, mas basicamente o Britto tem tocado Miséria e Nem 5 Minutos. Tenho tocado Toda Cor, que foi a primeira música que eu gravei, do primeiro disco, e Tô Cansado. A gente vai conversando com a plateia e tocando as canções", diz o músico. "E o Tony toca Polícia com uma guitarra só que semiacústica. E tem a novidade que o Tony canta nesse show. Ele só tocava guitarra e agora está cantando. A gente ganhou mais um cantor, o trio tem três cantores. Ele sempre cantou, só que nunca nos shows. Quando vai mostrar uma música, ele sempre canta. Já tive banda com o Tony em que ele cantava, isso antes dos Titãs."

Grande sucesso da banda sob a chancela da MTV, o Acústico foi um projeto que eles hesitaram em fazer, lembra Branco. "Porque a gente era uma banda de rock, elétrica. Ficamos uns 3, 4 anos relutando para fazer", conta ele. "A MTV, a gravadora ficavam falando sobre o formato, que estava dando certo fora do Brasil, e no fim a gente resolveu fazer da nossa maneira. A gente faz, mas vai radicalizar. Vamos fazer com orquestra, vamos sair do rock' n' roll e fazer uma coisa totalmente diferente. Acho que são essas ousadias nossas que geram esses resultados inusitadamente sensacionais."

Credicard Hall. Av. das Nações Unidas, 17.955. Santo Amaro. 6ª (9), às 22h. Ingressos: a partir de R$ 40

Estadão
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