The Name apresenta cinco músicas inéditas no Planeta Terra
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Vivian Ortiz
Prestes a lançar seu primeiro álbum, ainda no início de 2012, o trio de Sorocaba (SP) pretende mostrar cinco novas composições do futuro disco na apresentação do Planeta Terra Festival, evento que acontece no próximo dia 5 de novembro, em São Paulo (SP).
Em entrevista para o Terra, o vocal e guitarra Andy contou que a intenção inicial dele, do baixista Bruno e do baterista Molinari era lançar o álbum de forma oficial no próprio show. "Mas como lançamento de disco sempre atrasa (risos), acabamos não conseguindo finalizar ele a tempo".
A banda, que se apresentará no palco Palco Claro Indie Stage, já participou de grandes festivais de música independente no exterior, como o South By Southwest e o Canadian Music Week. Segundo Andy, a participação no festival brasileiro tem a mesma importância que tocar nesses eventos internacionais. "É um baita de um presentão, representa um grande passo para nós", diz.
À seguir, confira a entrevista na íntegra:
Terra - Vocês já se apresentaram em festivais independentes bastante conceituados no mundo da música. Qual é a importância para a banda de tocar no Planeta Terra Festival?
Andy: Para nós, o Planeta Terra é um dos maiores festivais do Brasil. Chego a colocar essa participação no mesmo patamar de importância da nossa apresentação no South By Southwest (SXSW), um dos principais festivais de música independente dos Estados Unidos. É um baita pulo para a banda. Entre os line-ups dos grandes festivais do País, sempre achamos que o evento mais bacana e conta com as bandas mais legais, pois tem uma curadoria que vai pelo caminho da cena indie. Participar do Planeta Terra é um baita de um presentão, representa um grande passo para nós.
Terra - No caso, é o primeiro grande festival no Brasil que vocês se apresentam?
Andy: Aqui, participamos do Goiânia Noise Festival que, apesar da importância, é mais independente, não sendo vinculado a uma marca grande como o Terra. Também fizemos o Demo Sul, um evento grande também, e que teve a participação de algumas bandas internacionais. Mas, do porte do Planeta Terra, é o primeiro festival que a gente faz.
Terra - O que estão planejando mostrar no palco do evento? Qual será o set list?
Andy: Vamos tocar cinco músicas do disco novo, que está para sair. São composições que nunca foram mostradas em shows e vamos mostrar pela primeira vez no festival. A outra parte do set list são músicas que já lançamos, por meio de singles com o selo Vigilantes, da gravadora DeckDisc. O restante do repertório vem de antes de fazermos parte do catálogo deles, numa época em que estávamos independentes.
Terra - Qual a sua opinião sobre as outras atrações que irão se apresentar no festival? Alguma banda inspiração de vocês estará tocando por lá?
Andy: Falando por mim, mas meio que pelos outros, a gente quer assistir o máximo de shows que conseguir. Fui como espectador no Planeta Terra do ano passado para ver as bandas Hot Chip e Phoenix, mas acabei assistindo um pouquinho de tudo. Esse ano eu quero ver o máximo de shows que conseguir, como o do Toro Y Moi, que é da mesma gravadora que a gente, e o próprio The Strokes, que nunca assisti ao vivo, mas gostaria de ver.
Terra - A edição deste ano será bastante tecnológica, com wi-fi gratuito para todos e a transmissão dos shows em alta definição pela rede mundial, tudo em três línguas. Na sua opinião, qual é o papel da internet na divulgação da música?
Andy: Sempre trabalhamos muito próximos a internet, até porque, hoje, o mercado musical está muito atrelado a ela. Com isso, sempre utilizamos a rede como forma de divulgação da banda e também para ficarmos mais próximos do público.
Terra - Inclusive, o primeiro CD do The Name teve o repertório escolhido pelos fãs, após votação na internet...
Andy: Sim, costumamos usar a rede para gerar alguns produtos específicos, como a votação dessas 20 músicas. E sempre tentamos também colocar na internet as coisas da banda, fazer streaming, etc. Temos uma relação muito próxima com a rede e acho que, hoje, as bandas não têm muito como fugir disso. No próprio Planeta Terra, vamos tentar utilizar a internet o máximo possível (risos).
Terra - E o primeiro CD já foi gravado? Qual é a previsão de lançamento?
Andy: O plano inicial era lançar esse álbum no Planeta Terra, mas como lançamento de disco sempre atrasa (risos), acabamos não conseguindo finalizar ele a tempo. Provavelmente, o álbum sai no comecinho do próximo ano, entre fevereiro e março. Antes, lançamos dois EPs e quatro singles ao longo da carreira, mas esse é o primeiro disco completo da banda.
Blink 182 - Uma das mais aclamadas bandas de hard core no começo dos anos 2000, o Blink 182 deixou milhares de fãs órfãos com o fim do grupo em 2005, devido a outros projetos e diferenças musicais. Em 2008, após um acidente de avião que quase matou o baterista Travis Barker, o trio resolve suas diferenças e anunciam seu retorno aos palcos e aos estúdios, gravando 'Neighborhoods', previsto para o próximo mês.
Foto: Christopher Polk / Getty Images
Faith No More - Considerado uma das maiores bandas de rock dos anos 1990, o Faith No More gravou seis discos de estúdio entre 1982, ano de sua formação, e 1998, quando por diferenças musicais e brigas internas Mike Patton e sua turma optaram pelo fim da banda. Em 2009, o FNM anunciou uma nova turnê, com shows em todo o mundo, inclusive no Brasil, para que no ano seguinte anunciarem outro fim. Porém, a banda confirmou sua presença no festival brasileiro SWU, em novembro.
Foto: Mark Metcalfe / Getty Images
The Faces - Formado em 1969 por antigos membros do Small Faces e The Jeef Beck Group, o The Faces ficou famoso por lançar dois grandes músicos em outras carreiras até o fim do grupo em 1975: Rod Stewart, como cantor solo, e o guitarrista Ron Wood, há 36 anos membro oficial do Rolling Stones. Em 2009, Wood anunciou que o The Faces se reuniria novamente sem Stewart nos vocais, sendo substituído por Mick Hucknall, do Simple Red.
Foto: Chris Jackson / Getty Images
Alice In Chains - De 1987 a 2002, o Alice in Chains se consagrou como uma das mais pesadas bandas do movimento grunge, até a banda encerrar suas atividades com a morte por overdose do vocalista Layne Staley. O hiato durou até 2005, quando a banda anunciou William DuVall como o mais novo cantor. Em 2009 o Alice in Chains lançou o bem aceito 'Black Gives Way to Blue', e atualmente corre o mundo em turnês, no qual se apresentará no Brasil no festival SWU, em novembro.
Foto: Roger Kisby / Getty Images
O Rage Against The Machine ficou conhecido por ser uma das bandas mais engajadas com causas humanitárias nos anos 1990; até o vocalista, Zakk De La Rocha, anunciar o fim do grupo por diferenças ideológicas em 2000. No ano seguinte, Tom Morello, Tim Commerford e Brad Wilk anunciaram a formação do Audioslave com o ex-vocalista do Soundgarden, Chris Cornell. Com o fim do Audioslave em 2007, a formação clássica do RATM se reuniu novamente, tocando no Brasil em 2010.
Foto: Kevin Winter / Getty Images
Soundgarden - Da safra das bandas grunges de Seattle nos anos 1990, o Soundgarden alcançou grande sucesso entre 1984 e 1997, com cincos discos de estúdio comandados pelo vocalista Chris Cornell, até sua saída para formar carreira solo e, depois, para cantar no Audioslave. Com o fim do Audioslave, Chris Cornell voltou à carreira solo, para em 2010 reunir novamente o Soundgarden, que deve lançar um disco de inéditas no começo do próximo ano.
Foto: Michael Buckner / Getty Images
New Kids On The Block - Uma das primeiras boy bands a enlouquecer jovens adolescentes na primeira metade dos anos 1990, o New Kids on The Block emplacou sucessos mundiais como 'Step by Step', 'I'll Be Loving You (Forever)' e 'Hangin' Tough', até seu fim em 1994, após ao maduro, porém mal recebido disco 'Face The Music'. Em 2008 o grupo voltou com sua formação original, gravando o álbum 'The Block', e atualmente está em turnê com o Backstreet Boys.
Foto: Jemal Countess / Getty Images
Backstreet Boys A maior boy band no final dos anos 1990 também passou por um hiato de cinco anos após o lançamento do quarto disco, 'Black & Blue', em 2000. Neste período, o grupo ficou no esquecimento devido à carreira solo de Nick Carter e a saída de Kevin Richardson. Em 2005 o grupo voltou as atividades com 'Never Gone' e desde então já lançou mais dois álbuns.
Foto: Jemal Countess / Getty Images
O quinteto inglês Spice Girls foi sucesso absoluto nos anos 1990, decorando o quarto de diversas adolescentes no mundo tudo. Formado em 1994, o grupo gravou três discos de estúdio, vendendo 75 milhões de cópias, porém as Spice Girls se separaram em 2001 para se dedicarem à carreira solo. Em 2007, a formação original se reuniu para uma na Europa e América do Norte, chamada 'The Return of Spice Girls', se separando novamente em 2009.
Foto: Dave Hogan / Getty Images
Take That - Formado por Robbie Williams, Gary Barlow, Howard Donald, Jason Orange e Mark Owen, o Take That foi uma das principais boys bands do Reino Unido nos anos 1990, até se separarem em 1996, com a expulsão de Robbie por problemas com drogas. Em 2005, a banda se reuniu em quarteto e gravou dois álbuns, até que, em 2010, Robbie se junta ao grupo novamente, gravando mais um disco e um EP.
Foto: Site Oficial / Reprodução
Misfits - Formado em 1977 por Glenn Danzig, os Misfits inauguraram o horror punk com dois discos clássicos até se desmembrarem em 1983. Com o sucesso da banda no underground, o baixista Jerry Only reúne a banda em 1995 sendo o único membro original do grupo. Desde então, os Misfits continua na ativa, com mais quatro discos de estúdio lançados e diversas formações.
Foto: Scott Gries / Getty Images
No Doubt - Misturando ska, punk e pop, o No Doubt alcançou grande sucesso com hits como 'I'm Just a Girl' e 'Don't Speak' e pela beleza de sua vocalista,Gwen Stefani. Em 2004, a banda entra em um hiato de cinco anos devido à carreira solo de Gwen. Em 2008, a banda volta à ativa e ainda este ano deve lançar o sexto disco de estúdio, o primeiro desde 2001.
Foto: Kevin Winter / Getty Images
Uma das maiores bandas nacionais dos anos 1980, o RPM é o grupo que acabou e voltou mais vezes nesta lista. O primeiro período durou de 1983 até 1989, rendendo dois álbuns. A segunda reunião durou de 1993 a 1994, com disco 'Paulo Ricardo & RPM'; e a terceira, de 2001 a 2003, rendeu o 'MTV RPM 2002'. Em 2008, o grupo voltou à ativa lançando um box com todos os discos. Finalmente em 2011, o RPM volta com sua formação original e anunciam o disco de inéditas 'Elektra'.
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Led Zeppelin - Uma das maiores bandas de rock da história, o Led Zeppelin alcançou a fama ao lançar nove discos de estúdio e inaugurar os milionários shows de arena. O quarteto durou até 1980, quando o baterista John Bonham foi encontrado morto asfixiado pelo próprio vômito. Desde então, o grupo nunca mais gravou com o nome Led Zeppelin, mas se reuniram em shows beneficentes e eventos em 1985, 1988, 1995 e em 2007, estes três últimos com o filho de Bonham, Jason, na bateria.
Foto: Hulton Archive / Getty Images
O Pink Floyd é uma das principais bandas do movimento psicodélico que explodiu no fim dos anos 1960, vendendo mais de 200 milhões de discos no mundo todo. Ao longo da carreira, seus principais membros foram deixando a banda por problemas internos, como as crises mentais de Syd Barrett e a expulsão de Roger Waters. O Pink Floyd durou até 1996 sob o comando de David Gilmour e Waters seguiu carreira com o projeto 'The Wall'. Porém em 2005, o grupo se reuniu no festival Live 8.
Foto: MJ Kim / Getty Images
Formado em 1977, The Specials é uma banda de ska, rocksteady e punk, famosa por representar a mistura de estilos jamaicanos com o punk que fervia nos guetos da Inglaterra. Entre 1979 e 1981, ano de seu primeiro término, o grupo liderado por Jerry Dammers emplacou sete singles nas 10 mais do Reino Unido. Em 1996, com a popularização do ska nos EUA, alguns membros se juntaram para gravar o disco 'Today¿s Special'. Em 2008, o grupo anunciou a sua volta, mas sem o comando de Dammers.
Foto: Dave Hogan / Getty Images
Mutantes - Formado em 1968 pelos irmãos Arnaldo Batista e Sérgio Dias e por Rita Lee, Os Mutantes se consagraram como umas das primeiras bandas nacionais de rock, gravando até 1972 cinco álbuns com sua formação original. Com o fim do casamento entre Arnaldo e Rita, a banda teve diversos membros até se desmanchar em 1978, retomando a carreira em 2006 para um único show com Arnaldo, Sérgio e Zélia Duncan em São Paulo. Hoje, a banda segue apenas com Sérgio como membro original.
Foto: Divulgação
Queen - Pouca gente sabe, mas mesmo depois da morte de Freddie Mercury (1991), o Queen nunca encerrou suas atividades. Em 1995 o grupo lançou o disco de inéditas pós-Mercury, o 'Made In Heaven', com suas últimas sessões em estúdio. Desde 2005, a banda tem feito turnês esporadicamente com Paul Rogers. Em 2008, a rebatizada banda Queen + Paul Rogers lançou 'The Cosmos Rocks', mas no ano seguinte o projeto é colocado em hiato, devido a volta de Rogers ao The Bad Company.