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Megan Thee Stallion desabafa sobre depressão em novo documentário

1 nov 2024 - 16h50
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Foto: The Music Journal

Megan Thee Stallion não tem medo de abrir seu coração, e isso fica evidente em seu novo documentário, Megan Thee Stallion: In Her Words, disponível no Prime Video.

Na estreia, realizada no TCL Chinese Theater em Los Angeles, a rapper de Houston se expôs de forma intensa, discutindo sua batalha com a depressão e os impactos devastadores do tiroteio que sofreu em 2020, quando Tory Lanez disparou contra seus pés.

Com uma duração de duas horas, o filme, dirigido por Nneka Onuorah, é um testemunho poderoso da luta emocional da artista e dos desafios que ela enfrentou em meio ao seu crescente sucesso.

O documentário se destaca pela forma como aborda a dualidade da fama e a dor pessoal. Em uma **entrevista exclusiva** ao portal de notícias Variety, Megan falou sobre como o tiroteio moldou não apenas sua carreira, mas sua vida. Ela expressa sua luta interna com a ansiedade e a depressão, resultantes da violação de sua segurança pessoal e do intenso escrutínio público.

"Sinto que estou ficando louca, como se estivesse prestes a perder a cabeça", revelou a rapper, falando sobre suas inseguranças e a dificuldade de lidar com o estigma que enfrentou após o incidente. Ao longo do filme, a dor e a vulnerabilidade dela são palpáveis, especialmente quando ela menciona como as redes sociais se tornaram um campo de batalha em que sua verdade foi frequentemente questionada.

Megan Thee Stallion: Memórias e superações

O documentário também leva os espectadores a um passeio nostálgico por sua infância, destacando seu relacionamento próximo com sua mãe, que foi uma figura central em sua vida e carreira. Imagens antigas mostram a mãe de Megan ensinando-a a arte do rap, enquanto as memórias de momentos felizes entre as duas são intercaladas com a dor da perda.

"Quando percebi que ela não voltaria, pensei: droga, não posso mantê-la assim", relembra Megan, ao falar da agonizante decisão de desligar os aparelhos que mantinham sua mãe viva. Essa conexão emocional profunda torna a jornada de Megan ainda mais comovente, mostrando que sua força vem não apenas de sua habilidade como artista, mas também de sua capacidade de enfrentar suas dores pessoais.

O filme se aprofunda nas consequências do tiroteio, apresentando momentos em que a insegurança a impede de se apresentar. Megan relata seu medo de ser atacada novamente, refletindo sobre o impacto do trauma em sua saúde mental e como isso a levou a buscar um retiro para cuidar de si mesma.

"A vadia se escondeu no meu próprio mundo", compartilha, enfatizando a necessidade de se afastar e se recuperar de tudo o que passou. Apesar da dor e do sofrimento, Megan revela uma nova determinação em sua vida: "Eu só me importo comigo mesma. Pela primeira vez desde que minha mãe estava viva, estou cuidando de mim."

Esse documentário não é apenas uma representação da trajetória de uma artista, mas um chamado à empatia e compreensão diante das dificuldades que muitos enfrentam em silêncio. Ao expor sua história, Megan Thee Stallion se torna um farol de esperança e resiliência, mostrando que, mesmo em meio às tempestades, é possível encontrar luz e seguir em frente.

Djenifer Henz - Supervisionada por Marcelo de Assis

The Music Journal The Music Journal Brazil
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