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Hungria Hip Hop: da periferia do DF para o sucesso nacional

O rapper Gustavo da Hungria Neves começou a compor com apenas 8 anos de idade e aos 28 é um dos maiores nomes da cena nacional.

3 out 2019 - 09h00
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Da periferia de Ceilândia ao sucesso absoluto, Hungria Hip Hop, nome artístico de Gustavo, é um fenômeno de seu gênero musical. Com 2 bilhões de visualizações em seu canal do youtube, o artista já colaborou com Lucas Lucco, Gusttavo Lima e Luan Santana. Seu primeiro sucesso veio em 2007, com o lançamento de “Hoje Tá Embaçado”, que em pouco tempo contabilizou 120 mil downloads.

Rapper Hungria teve o primeiro sucesso na adolescência
Rapper Hungria teve o primeiro sucesso na adolescência
Foto: Reprodução/Facebook

Em entrevista ao Terra por telefone, Gustavo afirma: “É realmente algo inexplicável. Hoje, quando paro para analisar essa idade que eu tinha, é algo que realmente não acho comum. Eu fui privilegiado por ter este dom de Deus, este dom divino de estar escrevendo e ter a chama da música no meu coração. Me sinto privilegiado de ter esta chama e este dom desde garoto.” Ao longo da entrevista, Hungria discorre sobre a infância humilde, a ascensão ao sucesso, colaborações com artistas sertanejos e até mesmo uma parceria com o rapper Mano Brown.

Você saiu de uma infância difícil, morava na quebrada e hoje está estourado. Isso influenciou muito na temática de suas letras?

Todo tema que eu abordo é meio que autobiográfico. Eu gosto de retratar a minha vida, falar sobre tudo que eu passei, e não só de maneira negativa. Toda a minha história de vida contribui de maneira significante na minha carreira e nas minhas composições. 

Este som que você lançou, “Um Pedido”, [lançado em junho de 2019] é uma homenagem a suas origens?

Eu acho que é uma homenagem a toda minha história. Na verdade é uma homenagem e uma recordação boa, não é porque eu tive uma infância complicada que eu tenho que achar ruim. Eu acho que muitas pessoas vêem um passado complicado como algo ruim, mas também acho que formou meu caráter de homem, de conquista, e me motivou muito a ir atrás do que eu queria. Então, acho que foi uma homenagem e uma recordação de tudo que eu passei.

Você já colaborou com Luan Santana, Lucas Lucco… Como é para você passar por outros gêneros musicais?

Eu acho incrível, pelo fato de quebra de barreiras. O fato que o rap não tava inserido, tinha um mundo fechado sobre ele. Não tinham barreiras quebradas, não tinham portas abertas. Até pelo fato de que nós mesmos tínhamos criado essa onda, ‘A gente é o rap e pronto.”. Eu tenho uma visão completamente diferente, acho que música é música independente de gênero e estilo musical. Tudo que eu sinto uma paixão, algo verdadeiro, eu faço. Procuro fazer tudo aquilo que eu me sinto bem, seja sertanejo ou forró. Eu sou do rap, mas eu sou da música. 

Você começou em uma época em que o rap não era algo tão popular como hoje, não haviam rappers em grandes festivais, e hoje em dia a galera tá dominando a cena. Como você vê a ascensão do rap para um gênero popular?

Eu acho uma puta de uma evolução e foi necessário a gente abrir nossa mente para isso acontecer. A gente até se atrasou muito, não habitávamos muitos palcos grandes, televisão ou rádio pela nossa própria mentalidade fechada. Eu enxergo que a gente tá numa fase muito bacana, e temos que saber administrar tudo isso, nos unirmos, dar as mãos. A gente tá em um momento da hora, e já vi vários momentos assim serem desperdiçados por mentalidades fechadas. É hora da gente ir pra cima e dar o nosso melhor, respeitar os moleques novos que tão chegando na cena do rap, ajudar as pessoas que também tem este sonho, de uma maneira que todos levantem e fiquem em pé.

Você está para fazer uma colaboração com o Mano Brown? Vocês já gravaram este som ou tem previsão de lançamento?

Eu tenho a honra de ser amigo do Mano Brown. Já fomos para estúdio algumas vezes, mas para pesquisar novas ideias, uma mentalidade diferente. A gente tem [essa ideia de] um som nosso como algo muito tranquilo, muito natural. Não temos pressa de soltar um som, é fato que a gente vai soltar essa nossa faixa, mas não temos pressa. Acho que no momento certo a ideia vai vir, o tema vai vir e o beat também, e tudo vai se adaptar.

E você está preparando um novo disco? O que os fãs podem esperar?

Estou preparando meu DVD. Pretendo lançar com algumas faixas novas e outras antigas, que fazem parte da minha história e eu não poderia deixar de fora. Isso de ver as imagens, do DVD, te aproxima do artista. É um trabalho feito com muito amor, muito carinho, já tem um ano e meio que estamos discutindo local, data e participações. Podem esperar, que tá vindo algo com muito amor. 

Assista ao clipe de "Um Pedido" abaixo:

Fonte: Redação Terra
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