Script = https://s1.trrsf.com/update-1765905308/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Filhos de Martinho da Vila celebram os 70 anos do cantor

5 jan 2009 - 10h02
(atualizado às 10h19)
Compartilhar

Na tentativa de cercar por todos os lados os 70 anos de vida e os mais de 40 de carreira de Martinho da Vila, a série de shows "Martinho José Ferreira - 70 anos de brasilidade" leva para o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Rio de Janeiro, homenagens ao cantor e compositor em todas as terças-feiras de janeiro.

» Leia mais notícias no JB Online

Pai de oito filhos, o sambista fluminense diz ter simpatia pelo evento, já que dois de seus rebentos (Analimar e Tunico) estão confirmados na apresentação desta terça-feira, uma noite de percussionistas que tem ainda a presença do cantor e compositor Agrião. "Gostei muito por ser algo espontâneo", reconhece Martinho.

"Às vezes fazem uma homenagem e, no fundo, é só para eu ir lá e cantar. Mas dessa vez foi bem diferente. Vou na estréia e posso até aparecer nos outros dias, mas não tenho a obrigação de estar no palco".

Tunico confirma que herdou do pai não apenas o gosto pelo samba: o discurso é tão sincero quanto o de Martinho. "Estou ensaiando muito, porque não é todo dia que alguém faz 70 anos de vida e 40 de carreira, né?", brinca Tunico, que se apresenta nesta terça-feira ao lado de Analimar Ventapane, vocalista de apoio de outra integrante bem-sucedida do clã, a irmã Mart'nália.

"Vai ser uma coisa legal e simples, como o som do meu pai. O CCBB é um espaço bom. Há vários projetos que eles adotam que são interessantes".

Só ligados ao homenageado

Mesmo sabendo que o pai é mais associado ao samba, o músico faz questão de enumerar os outros estilos que já surgiram na discografia do autor de músicas como É Devagar Devagarinho, Mulheres, Canta Canta, Minha Gente e Kizomba, Festa da Raça.

"Ele não fez só samba, não ficou limitado a isso. Já fez marchinha e baião", enumera Tunico. "E trouxe o samba angolano para o Brasil".

E de todas os gêneros seguidos pelo pai, qual foi o que mais o influenciou?

"O partido alto, com certeza. O meu repertório é mais focado nisso, é ali que me dou melhor. Tenho a ver com tudo que ele fez. Nasci e fui criado ouvindo ele. Até o ruim para mim é bom. Sou percussionista e tento ser cantor nas horas vagas".

A série continua no dia 13 com os convidados Ovídio Brito e Marcelinho Moreira. Na semana seguinte quem se apresenta é a dobradinha Cláudio Jorge e Sandra Portella. Monarco e Carlos Fernando Cunha fecham o mês de comemorações."A organização é feita por amigos do Cláudio Jorge, que toca comigo", conta Martinho.

"Ele fez a direção musical e teve a idéia de botar os meus guris e pessoas ligadas a mim, meus companheiros e parcerias".

Tunico, que já lançou os CDs Tunico Ferreira (2004) e Na Cadência do Partido Alto (2006) também exalta a seleção e confessa ter sugerido o nome que toca na última etapa do evento.

"Eu pedi para a direção do projeto para colocar o Monarco. Ele foi o cara que fez o samba para o Martinho exatamente do jeito que ele é", destaca Tunico.

O percussionista, 35 anos, diz também ter vibrado com o recém-lançado DVD O Pequeno Burguês, mais uma ação para comemorar as quatro décadas de serviços prestados por Martinho ao samba brasileiro.

"Lembro das histórias que ele conta no show", diz Tunico. "Era garoto e ele me botava dentro do escritório. Eu tinha 8 anos, pegava o maço de cigarros e ficava batucando. Isso sem contar as rodas de samba. Ele fazia uma festa. Eu vi Candeia, Zeca Pagodinho, Fundo de Quintal. Não precisei sair de casa para beber da fonte do samba".

As apresentações acontecem em duas sessões, às 12h30 e 18h30, no Teatro 2 do CCBB. A entrada é franca, por meio de senhas distribuídas uma hora antes do começo dos shows.

Jornal do Brasil Jornal do Brasil
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra