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"Existe Carminha em todo lugar", diz Arlindo Cruz sobre 'Avenida Brasil'

27 set 2012 - 15h54
(atualizado às 16h04)
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Juliana Ranciaro

Lançando seus novos CD e DVD, Batuques do Meu Lugar, o sambista, cantor e compositor Arlindo Cruz conversou com o Terra e falou das inspirações que o levaram ao novo trabalho. Descontraído, o artista também falou sobre a presença da música Meu Lugar, sucesso de sua autoria, na trilha sonora de 'Avenida Brasil', novela das 21h da Globo. Fã da trama, o sambista afirmou: "existem Carminhas em todo lugar. Talvez não com tanta ferocidade, mas exsistem".

Terra - Como surgiu a ideia para a realização desse novo CD Batuques do Meu Lugar, com inspiração nos batuques do Brasil?

Arlindo Cruz - Os batuques do Brasil são fontes de ispiração para a minha música. Sou sambista, mas misturo isso no meu som porque acho que tem tudo a ver com a própria história do samba. Eu aprendi com o mestre Candeia que o Brasil contém toda essa mistura da negritude, na própria história da música brasileira tem uma junção de ritmos e inspirações.

Terra - O trabalho tem participação de Zeca Pagodinho, Alcione, Caetano Veloso, Seu Jorge e Marcelo D2. Como pensou neles para isso? Já tinha trabalhado com algum?

Arlindo - Os convites foram de pronto bem recebidos por todos. Tocar com Caetano, Seu Jorge e Alcione foram novidades na minha carreira. Foi um prazer enorme e eles me ajudara a contar um pouco da história da música, da influência de outros ritmos dentro do samba, dentro o Brasil, dentro do Rio de Janeiro.

Terra - Com muitas parcerias, ainda tem alguém com que você gostaria de tocar?

Arlindo - Todo mundo que tem um som popular, eu me interesso. Se encontrar com alguém que tenha isso, fatalmente vai ter parceria.

Terra - Seu bairro, Madureira, está sempre presente em suas músicas. Qual a importância dele na sua formação como sambista?

Arlindo - Arlindo Cruz nasceu nas rodas de samba de Madureira, apesar de como pessoa ter nascido no bairro de Piedade, me formei como sambista ali. O meu banjo e o meu cavaquinho e aprendi a tocar ali. Madeureira é a minha verdade histórica.

Terra - Você já fez algumas músicas por encomenda, para a Globo, por exemplo. Tem mais dificuldade de compor nesses casos? Não tem medo de ganhar uma cara um pouco comercial?

Arlindo - O próprio Samba da Globalização fui eu que compus e já está aí há cinco anos. A música de abertura do Esquenta! eu fiz com Gilberto Gil e de Lar Doce Lar também é de minha autoria. Não tenho medo porque só é prova do reconhecimento do meu trabalho. Tenho prazer em participar.

Terra - Como é ter uma música sua na trilha sonora de uma novela de sucesso como Avenida Brasil?

Arlindo - Trilha sonora em novela sempre faz bem a todo mundo e ajuda a gente a executar melhor nosso trabalho. Meu Lugar é uma musica divisor de águas na minha vida. Depois que comecei a tocá-la, eu fui mais notado como intérprete, porque antes era mais conhecido como compositor.

Terra - Como surgiu o convite?

Arlindo - O convite veio da ideia de colocar o Divino como um bairro real, mostar que o Divino seria como Madureira, mas com uma ficção maior. Existem Carminhas em todos lugar, mas nao com tanta ferocidade quando na novela (intepretada por Adriana Esteves). O que mais tem é gente casada com um e sendo mulher de outro, mulher malvada mesmo.

Arlindo Cruz está lançando o CD e DVD 'Batuques do Meu Lugar'
Arlindo Cruz está lançando o CD e DVD 'Batuques do Meu Lugar'
Foto: Roberto Filho / AgNews
Fonte: Terra
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