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Eagle-Eye Cherry sobre 'Save Tonight': "Não canso de tocar"

Cantor norte-americano do hit dos anos 90 desembarca no Brasil para shows em três cidades do seu novo trabalho 'Streets of You'

21 out 2019 - 14h38
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Filho do trompetista norte-americano Don Cherry, o cantor Eagle-Eye Cherry é um dos grandes nomes dos anos 90. Seu hit “Save Tonight”, do álbum de estreia de 1997, atravessou gerações e acumula 16 milhões de visualizações no Youtube.

Eagle-Eye Cherry se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.
Eagle-Eye Cherry se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.
Foto: Divulgação

22 anos depois, Eagle-Eye Cherry está em turnê com seu novo trabalho, “Streets of You”, lançado em 2018. O novo disco vem após um hiato de 6 anos, período em que resolveu “dar um tempo” da indústria musical. Em entrevista ao Terra, o artista fala sobre suas influências, a formação musical e seu atual momento de carreira.

Seu pai [Dom Cherry, trompetista] foi um ótimo músico de jazz. Isso influenciou na sua escolha de carreira em algum momento?

No fim das contas, sim. Comecei a tocar bateria quando era criança, meu pai me colocou por trás das baquetas. Mas aí eu comecei a estudar atuação, e realmente comecei a gostar! Eu fui fazer o ensino médio em Nova York, estudei teatro por 4 anos, e comecei a trabalhar assim que me formei. No colégio, como era uma escola de artes performáticas, havia vários músicos e eu comecei a tocar em bandas, então eu estava sempre tocando música ao mesmo tempo. Acho que olhando em retrospecto eu precisava fazer outra coisa, porque era bem difícil preencher a lacuna de meu pai. Então, obviamente, estando cercado por música e a inspiração que meu pai me trouxe certamente influenciaram em tudo que fiz.

E quais são suas maiores influências musicais?

Além do meu pai, que é quem definiu minha relação com a música, como eu me comunico com outros músicos, isso de manter tudo simples… Quando eu estava fazendo meu primeiro álbum, eu escutava todo tipo de música, então quando eu compunha eu estava meio que em lugares diferentes. Eu fui para Estocolmo, e eu vivia em Nova York, e no apartamento que eu fiquei tinha um violão na parede. Eu nunca tinha brincado com esse instrumento, e comecei a trabalhar com ele e isso me fez perceber para onde eu deveria ir. Aí, eu peguei todas as canções que eu havia escrito e comecei a transpor elas para violão, reconstruindo minhas composições. Foi assim que descobri Bob Dylan, Neil Young e comecei a ouvir bastante este tipo de música. De uma maneira, meu processo de me encontrar musicalmente me ajudou a descobrir o tipo de música que eu amo hoje em dia.

E você não voltava para o Brasil há algum tempo, cerca de 6 anos. As pessoas ficam se perguntam: por que você demorou tanto para voltar?

Eu me pergunto a mesma coisa! (risos) Basicamente, eu fiquei um tempo sem lançar músicas, eu meio que decidi dar um tempo. Eu estava vindo bastante para o Brasil durante os anos 2000. Eu não estava lançando muita música na época também, mas eu vinha bastante ao Brasil. E chegou uma hora que eu realmente precisava de uma pausa da indústria musical, porque eu amo tocar ao vivo, mas não queria ficar fazendo imprensa. E chegou a um ponto que fazer essas mini temporadas, tipo ficar duas semanas no Brasil e fazer seis shows, foi ficando frustrante, porque eu queria fazer turnês de um, dois meses. Agora, eu estou há um ano em turnê, desde outubro do ano passado, obviamente com pausas. Agora, eu tenho um novo álbum, e estou de volta. 

Seu maior hit é “Save Tonight”. 22 anos depois, as pessoas ainda escutam essa canção, ainda postam versões cover no Youtube. Por que você acha que essa música em particular foi um hit tão grande e tem essa longevidade incrível?

É incrível, eu sou muito feliz com isso. Acho que todo mundo espera fazer algo que sobreviva ao tempo, quando falei de pessoas como Neil Young e Dylan, aquelas canções que amamos nunca morrem. Acho que qualquer compositor espera conseguir fazer isso. Acho que “Save Tonight” é uma canção tão simples, muitas vezes quando alguém está aprendendo violão é uma das primeiras músicas que eles tocam, são 4 acordes. E isso é porque quando eu descobri o violão eu não sabia muito, eu só sabia alguns acordes. Era meu primeiro álbum, então eu estava descobrindo as coisas. Se você pegar qualquer canção daquele disco, são composições bem simples. E a letra também, acho que é algo que muitas pessoas se relacionam. Sempre me perguntam se eu não me canso de tocá-la, mas não! Eu amo cantar aquelas palavras.

O cantor Eagle-Eye Cherry se apresenta nesta quarta-feira (23) no Cine Joia, em São Paulo, às 19h, com entradas disponíveis no Ingresse.

Em seguida, ele desembarca no Rio de Janeiro, se apresentando nesta quinta (24) no Circo Voador, a partir das 21h. Os ingressos estão disponíveis no Tudus.

O último compromisso do artista em terras brasileiras é em Curitiba, neste sexta (25) no Teatro Positivo, a partir das 20h15. Os ingressos estão disponíveis no Disk Ingressos.

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Fonte: Redação Terra
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