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Após 67 anos, Roberto Carlos fala sobre perda da sua perna

A perna mecânica de Roberto Carlos sempre foi um tabu para o cantor, que nunca falou do assunto. Isso mudou.

3 nov 2021 - 07h00
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O Rei enfim decidiu falar abertamente sobre a perda de sua perna, em acidente de trem
O Rei enfim decidiu falar abertamente sobre a perda de sua perna, em acidente de trem
Foto: Fuxicos da Gláucia / VisualHunt

O cantor Roberto Carlos resolveu falar sobre o maior tabu de sua vida após 67 anos: a perda de uma perna em um atropelamento por trem quando ainda era criança que lhe faz caminhar com prótese mecânica até hoje.

A história será contada em minissérie de quatro episódios que está sendo escrita pelo jornalista Nelson Motta com a roteirista Patricia Andrade, de "Dois Filhos de Francisco".

O episódio aconteceu na cidade natal de Roberto, Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito santo.

"Roberto contou que com 13/14 anos ele não tinha prótese na perna. Era aquela calça com alfinetinho e a muleta. Ele ia para o colégio, brincava. Depois, o pai dele ouviu falar que no Rio havia um médico que fazia prótese. Ele foi lá com o pai, mas não deu em nada. No terceiro hospital que eles foram, ouviram falar de um médico alemão. Vai ver foi treinado em algum campo de concentração ou era um inocente só. O fato é que o cara era um craque. O alemão botou uma bola de tênis para amenizar e construiu uma prótese para o Roberto. Ele contou que saiu correndo, tropeçando, foi correndo pela praia. No dia seguinte, ele foi a um baile e dançou a noite inteira. Ele não teve nenhum problema em falar da perna, do acidente", disse Nelson Motta em entrevista ao podcast do publicitário Washington Olivetto, W/Cast.

Nelson contou ainda como foram as entrevistas para realização da série.

"Fizemos várias entrevistas com ele, e ele foi ótimo. A tática era perfeita: 'Roberto, a gente só vai botar no roteiro o que você contar. O que você não quiser, não conta, simplesmente'. Ele, surpreendentemente, se abriu bastante. Disse a ele que, para fazer o projeto, seria importante que o personagem fosse humanizado. Ele já virou uma entidade. O cara tem que ser corneado, o cara tem que sofrer, e ele topou tudo isso. Meu compromisso era fazer o primeiro tratamento. Patrícia fez outras versões e agora não falta mais nada. Falta só o OK dele mesmo", contou Nelson em entrevista a Washington Olivetto no podcast W/Cast.

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