Protagonista da Globo revela que tem vergonha de cenas de beijo na frente da família: ‘É estranho’
Alana Cabral, de 18 anos, falou sobre interpretar uma adolescente grávida em 'Três Graças'
A atriz Alana Cabral, de 18 anos, destacou em entrevista sua experiência ao interpretar a personagem Joélly em "Três Graças", abordando a dificuldade em assistir às próprias cenas de romance com a família e a abordagem realista dos desafios da gravidez na adolescência na trama.
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A atriz Alana Cabral, de 18 anos, afirmou em entrevista exclusiva ao Terra que ainda não está acostumada a ver sua família assistindo às suas cenas de romance em Três Graças, da TV Globo. Na trama de Aguinaldo Silva, ela interpreta Joélly, que enfrenta os desafios da gravidez na adolescência e há algumas semanas, vem dividindo opiniões com suas decisões
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Alana começou a atuar aos seis anos e nunca viu problemas em revisitar seus projetos. Pelo contrário, ela sempre enxergou a prática como parte do processo de aprimoramento. “Eu me assisto, eu gosto, gosto de me julgar, mas desde que não seja algo tóxico. E, pra mim, nunca foi. Para alguns atores, existe toda uma questão de insegurança, mas eu nunca tive isso. Gosto muito de me assistir, de me avaliar, e estou achando legal fazer isso neste projeto. Tem algumas cenas que você olha e pensa: ‘Poxa, eu não devia ter feito isso ou dado esse sorriso’, mas é normal. Depois a gente desencana”, disse ela.
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Joélly, sua personagem em Três Graças, é uma adolescente de 15 anos que vive um romance com Raul, interpretado por Paulo Mendes. Os dois se conheceram em uma situação nada agradável, se aproximaram e a jovem acabou engravidando. Em meio às dificuldades e indecisões da gestação, eles ainda tentam equilibrar os desafios para manter o romance.
Para Alana Cabral, que se considera tímida, ser vista em cenas de romance por sua família é uma experiência diferente. “Amorosamente, sempre fui muito reservada, e agora tem a Alana, e minha família nunca me viu muito assim. Na vida real, eu namoro, mas não gosto de beijar meu namorado na frente dos outros, principalmente da minha família. Então, quando os vi assistindo a uma cena minha de beijo, fiquei: ‘Gente, meu Deus, que vergonha’. Fiquei morrendo de vergonha. Mas minha família é tranquila, começou a zoar, gritar e fazer graça, e tudo bem --só é estranho mesmo.”
“Evito comentários para não ser influenciada”
Além do romance com Raul, Joélly enfrenta os desafios da gravidez na adolescência e, desde o início da novela, vem dividindo opiniões por causa de suas decisões. Nas redes sociais, muitos telespectadores questionam a inocência e as prioridades da personagem. Em um dos capítulos, por exemplo, a jovem foi hospitalizada após sair de casa sem comer e desmaiar no transporte público. Em outro, sob pressão de criminosos da Chacrinha, chegou a cogitar vender o próprio filho.
Alana Cabral afirmou que entende a “revolta” do público e que essa era exatamente a reação esperada durante a construção da personagem. “Na pré-produção, tivemos alguns workshops bem legais com mulheres da Brasilândia que se tornaram mães na adolescência. Isso me abriu horizontes, porque muitas ali tinham 13, 14, 15 anos quando engravidaram e não percebiam a gravidade de serem adolescentes grávidas. E é isso que tentei trazer para a Joélly: a mente de uma garota. Todas as ações dela são justificáveis quando você lembra que ela só tem 15 anos”, contou.
“Muita gente fala: ‘Nossa, a Joélly fez isso, não acredito’. Mas, se você parar para pensar e se colocar no lugar dela por alguns segundos, entende: ‘Poxa, com 15 anos, acho que eu faria o mesmo’. Porque todo mundo já foi adolescente e sabe da inconsequência que a gente tem nessa fase”, complementou ela.
Apesar do descontentamento do público com as atitudes de Joélly, Alana Cabral afirma que não tem recebido críticas sobre sua atuação nas ruas, apenas elogios da crítica e da imprensa especializada. Mesmo assim, ela tem evitado ler comentários nas redes, com receio de ser influenciada. “Eu não gosto muito de ler comentários porque acho que isso mexe muito comigo, principalmente quando a gente ainda está no projeto. Depois que terminar, posso ler vários comentários. Mas, enquanto estamos fazendo, isso molda muito como a gente age e isso não faz parte da minha construção da personagem”, concluiu.
