Pena reduzida e estudante: Saiba como está Lindemberg, o assassino de Eloá
Lindemberg, o assassino de Eloá Pimentel, segue preso no Tremembé após condenação de 98 anos; veja
A série Tremembé, da Amazon Prime Video, reacendeu a curiosidade dos fãs quanto a atual vida dos criminosos que foram ou ainda estão presos na penitenciária conhecida como o "presídio dos famosos". Um deles é Lindemberg Alves, o assassino de Eloá Pimentel, que ainda está cumprindo sua pena em regime semiaberto. Saiba como ele está hoje:
Condenado a 98 anos e 10 meses de prisão por homicídio qualificado, cárcere privado, tentativa de homicídio e disparos com arma de fogo, Lindemberg teve sua pena reduzida. Foi decidido em 2013 pelo Tribunal de Justiça de São Paulo que o rapaz cumprirá apenas 39 anos e três meses de cárcere.
Segundo sua defesa, Alves está estudando e trabalhando desde o momento em que foi preso. O rapaz nunca faltou em suas atividades disciplinares, o que o fez ter 109 dias reduzidos de sua pena pelo juiz José Loureiro Sobrinho, da comarca de São José dos Campos. Ademais, Lindemberg comprovou seu trabalho dentro da cadeia e também completou um curso de empreendedorismo promovido pelo Sebrae.
Em uma nota, a advogada Márcia Renata garante que o detento tem um "comportamento exemplar" e seguirá desta maneira para ter sua pena reduzida conforme previsto na Lei de Execução Penal. Lindemberg foi transferido para o regime semiaberto em 2021, mas teve o pedido revogado. Em 2022, a progressão foi oficializada.
Relembre o crime
O crime aconteceu em outubro de 2008. Na época, o criminoso tinha 22 anos e invadiu o apartamento da então namorada Eloá, de apenas 15, em Santo André. Ele a manteve refém por cinco dias e fez negociações com a policia para realizar a soltura da adolescente. A operação policial, hoje considerada como "mal-sucedida", terminou com Lindemberg assassinando Eloá friamente. Ele só foi condenado 4 anos após o crime.
Sabe-se que Eloá começou a namorar o criminoso quando ainda tinha 12 anos. Eles tiveram um namoro iô-iô por dois anos e, um mês antes do crime, Lindemberg terminou seu relacionamento com a jovem, mas se arrependeu. Ele, então, pediu para reatar o romance, mas Eloá estava decidida a ficar longe do então namorado.
No dia 13 de outubro de 2008, a garota voltou do colégio com os amigos Iago, Nayara e Victor, que ficaram na casa da jovem para realizar um trabalho escolar. Enquanto os garotos mexiam no computador, as meninas preparavam o almoço, e foi nesse momento que Lindemberg invadiu a residência.
Armado, ele manteve os quatro como reféns, mas liberou os garotos no mesmo dia. No dia seguinte, libertou Nayara, mas manteve Eloá em cárcere. Em meio as negociações policiais, Nayara chegou a voltar ao apartamento e ver a amiga sendo assassinada, mas sobreviveu.
A barganha foi contínua. Enquanto uma multidão se agrupava na rua do prédio da garota e emissoras de TV faziam coberturas 24h do caso, um promotor de Justiça levou um documento ao sequestrador garantindo que ele não seria ferido caso se entregasse, já que essa era uma das exigências do advogado de Lidemberg. No mesmo dia, pela noite, o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) explodiu a porte e conseguiu deter o criminoso mas, antes, ele atirou duas vezes em Eloá e baleou Nayara, que conseguiu sobreviver.
Eloá chegou viva no hospital, mas inconsciente. No dia 18 de outubro de 2008, foi confirmado sua morte cerebral.