PUBLICIDADE

Pabllo Vittar volta às origens em álbum de forró 'Batidão Tropical'

'Temos que mostrar que existimos e naturalizarmos a presença de pessoas LGBTQIA+ em todos os ritmos', diz a cantora

24 jun 2021 - 21h25
(atualizado em 25/6/2021 às 12h03)
Compartilhar
Exibir comentários

Pabllo Vittar lançou seu quarto álbum de estúdio nesta quinta-feira, 24. Batidão Tropical é a novidade que possui canções autorais, todas no ritmo de forró, e covers de diversas referências musicais da artista.

O projeto iniciou com Ama, Sofre e Chora, o single, que foi lançado em maio deste ano, ganhou certificado de ouro e já acumula mais de 15 milhões de views no clipe.

Nesta sexta-feira, 25, vai ao ar o clipe da segunda faixa do álbum, Triste com T, para encerrar a narrativa da primeira canção, em que Pabllo é abandonada no altar. Desta vez, ela está passando a lua de mel sozinha em um hotel.

Em entrevista ao Estadão, a cantora falou sobre o processo de criação deste lançamento, suas principais inspirações e comentou sobre a repercussão da notícia de que estava noiva, o que, na verdade, foi estratégia de divulgação do primeiro single.

"Demorou alguns meses para a elaboração e as referências do álbum são 100% norte e nordeste. Me inspirei nas músicas que eu ouvi crescendo, na minha infância, no Pará e no Maranhão. Então, vou pautar muito essa minha individualidade, enquanto pessoa, enquanto nordestino e amante de cultura nacional", explicou.

"O álbum é dividido metade com músicas autorais e metade com covers de Calipso, Banda Kassicó, Ravelly, que são músicas que eu escutava quando era criança, que me faziam dançar, me faziam sentir livre com a pessoa que eu sempre fui. Estou muito honrada em poder cantar essas canções que são referências pra mim desde os meus primeiros lançamentos", afirmou.

Ama, Sofre e Chora

Sobre a música de estreia, Vittar conta que, em um sonho, se viu com um vestido de noiva e resolveu se inspirar nisso para o clipe de Ama, Sofre e Chora. Como estratégia de divulgação, ela revelou que estava noiva durante uma apresentação com Preta Gil no Big Brother Brasil 21, em abril deste ano. Porém, o que ela não contava é que a notícia iria viralizar.

"No outro dia, procurei meu nome da internet, vi várias notícias e eu dava muita risada. Como surgiu essa oportunidade no BBB, pensei: 'vamos inventar que eu vou casar, bota o anel no meu dedo'. A Preta estava lá e eu a chamei, pedindo para ela perguntar sobre a aliança", revelou.

"Foi tudo combinado, eu sou uma atriz", brincou. "Postei uma foto da minha mão com o anel e bateu um milhão de likes, o pessoal ama uma fofoca. Mas, fiquei muito grata com o sucesso da música também", disse.

Representatividade

Em relação ao Batidão Tropical, Pabllo enfatiza a importância de que cada vez mais artistas LGBTQIA+ tenham espaço em diversos gêneros musicais e também comenta sobre a representatividade de levar o forró para o seu público internacional.

"Tem muitos artistas no norte e nordeste que são LGBTQIA+, fazem esse trabalho, mas que não tem realmente tanto espaço quanto outros músicos. A gente já caminhou bastante, mas falta muita coisa ainda", afirma.

"Vou continuar aqui falando e chutando as portas, para que mais outros venham comigo. A gente tem que mostrar que existimos e naturalizarmos a presença de pessoas LGBTQIA+ em todos os ritmos", acrescenta.

"Quando a gente fala que o álbum é todo Brasil, que não tem nenhuma vibe gringa, realmente a gente está falando a verdade. É um álbum com origens e ritmos brasileiros. Mas, o funk também é daqui e olha como as pessoas estão recebendo esse gênero lá fora! Então, eu tenho plena certeza que a meus fãs vão amar conhecer um pouco de como cheguei até aqui, estou muito ansiosa!", celebra.

Assista ao clipe de Triste com T

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade