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Maria Cândida revela falência e exclusão aos 40: “Não existiam pretas, gordas e velhas na TV”

Apresentadora relata dolorosa experiência de etarismo e recebe apoio de Luciana Gimenez, também vítima do mesmo preconceito

26 jul 2025 - 15h21
(atualizado às 15h21)
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No podcast ‘Bagaceira Chique’, de Luciana Gimenez, a jornalista Maria Cândida, de 54 anos, detalhou a fase mais difícil de sua vida profissional, quando optou ser produtora independente de conteúdo, após ter sido destaque na Globo, SBT e Record.

“Eu não tinha mais dinheiro nenhum, eu quebrei, fui lá no fundo do poço, sem nada”, conta. “Vendi apartamento, vendi carro.”

Sem perspectiva de manter a autonomia fora da televisão, a apresentadora recorreu aos antigos empregadores.

“Neste período que eu precisava voltar para a TV, precisava ganhar um fixo, foi quando eu já tinha uns 43 (anos) e fui em todas as TVs”, lembra.

“Eu queria fazer qualquer coisa porque eu precisava de dinheiro, precisava trabalhar.”

Nas reuniões, Maria Cândida ouvia desculpas variadas para não ser contratada: “você já fez tanto sucesso, vai fazer outra coisa”, “você é muito cara”, “você é muito boa pra gente, não temos espaço”.

“Eu deduzi que estava velha para o mercado. É o que acontece com a gente (ao envelhecer). Não existiam na TV mulheres pretas, mulheres gordas e mulheres velhas”, afirma. “Eu sofri o etarismo na pele aos quarenta e poucos anos”

A comunicadora fez uma provocação. “Quem contrata uma senhorinha de 75 anos para ser repórter de um programa? Ninguém.”

Maria Cândida afirma que o etarismo passou a ser mais combatido porque a população brasileira está envelhecendo rapidamente
Maria Cândida afirma que o etarismo passou a ser mais combatido porque a população brasileira está envelhecendo rapidamente
Foto: Divulgação

Luciana Gimenez, 55, contou também ter sofrido etarismo. “Fui fazer uma capa de revista, eu estava com 40 anos, e falaram assim ‘a editora falou que você não pode fazer essa capa porque está velha demais’. Uma louca, eu queria dar na cara dela, mas não podia.”

Hoje, Maria Cândida é ativista da maturidade e voz poderosa em defesa das mulheres 50+. Ela roda o país para divulgar seu livro ‘Menopausa como Jornada’. Seu último emprego diante das câmeras foi como repórter do ‘É de Casa’, na Globo, em 2024.

Maria Cândida e Luciana Gimenez no 'Bagaceira Chique': ambas foram alvos de discriminação relacionada à idade
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Foto: Reprodução/YouTube
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