É grave? Bolsonaro é diagnosticado com câncer de pele e médico analisa: 'Aumenta o risco'
Bolsonaro é diagnosticado com câncer de pele após sequência de exames; veja análise de médico oncologista
O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu diagnóstico de câncer de pele, informação confirmada nesta semana. A notícia chamou a atenção para a importância do diagnóstico precoce e da prevenção da doença, que é o tipo de câncer mais comum no Brasil.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele representa cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Ele pode ser classificado em não melanoma, mais comum e menos agressivo, e melanoma, menos frequente, mas mais grave.
Quais são os sintomas?
Entre os sinais de alerta estão pintas ou manchas novas, feridas que não cicatrizam, alterações na cor, tamanho ou formato de sinais já existentes, além de lesões que sangram ou coçam.
"O câncer de pele é uma doença que pode ser evitada em grande parte dos casos. A prevenção passa pelo uso diário de protetor solar, evitar exposição solar em excesso e realizar consultas regulares com o dermatologista. O mais importante é que qualquer lesão suspeita seja avaliada por um especialista o quanto antes", afirma o Dr. Gustavo Vasili Lucas, oncologista clínico do IOP e Hospital São Marcelino Champagnat.
A idade pode agravar o diagnóstico?
Segundo Vasili, a idade do ex-presidente pode ser um agravante: "A idade avançada aumenta o risco, já que a exposição solar acumulada ao longo da vida é um dos principais fatores para o desenvolvimento do câncer de pele. No entanto, o prognóstico depende muito mais do tipo de câncer de pele identificado e do estágio em que ele é diagnosticado do que da idade isoladamente. Lesões detectadas cedo têm altas taxas de cura, independentemente da idade do paciente".
Como é o tratamento?
O tratamento varia de acordo com o tipo e a extensão da lesão. Na maioria dos casos, a cirurgia de remoção resolve o problema quando diagnosticado no início. Em casos mais graves, principalmente de melanoma, podem ser necessárias terapias como radioterapia, imunoterapia ou terapias-alvo. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, mais de 90% dos casos de câncer de pele não melanoma têm cura quando tratados precocemente.