DJ brasileira acusada de comandar rede de prostituição se pronuncia pela primeira vez
Graças a uma reportagem do Domingo Espetacular, DJ brasileira acusada de comandar rede de prostituição se pronuncia pela primeira vez
A DJ brasileira Rebeka Episcopo, mais conhecida como DJ Beka, de 54 anos, que vive em Portugal, concedeu uma entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, exibida no "Domingo Espetacular" da Record, neste domingo (27). Acusada de liderar uma rede de prostituição de luxo no país europeu, Beka nega envolvimento com qualquer atividade ilegal e afirma que sua atuação profissional sempre foi transparente. A reportagem, conduzida diretamente de Portugal, acompanha os desdobramentos de uma investigação da polícia local sobre exploração sexual envolvendo brasileiras.
Beka, que ficou presa por três meses e meio, relata que nunca praticou aliciamento de mulheres para fins sexuais. Segundo ela, sua trajetória começou com a abertura de um salão de beleza após chegar ao país, e depois passou a atuar no mercado imobiliário de alto padrão. A ideia de empreender na área de massagens surgiu, segundo contou, após visitar um SPA tântrico com o namorado. "As pessoas que trabalhavam comigo eram atendidas aqui mesmo. Nós colocávamos anúncios como qualquer empresa: 'Procuram-se massagistas terapêuticas tântricas'", explicou.
Ela afirma que oferecia treinamento para as funcionárias que não tinham experiência com massagem tântrica e que a proposta dos seus estabelecimentos sempre foi voltada ao bem-estar. "As mulheres que estavam ali nunca foram prostitutas, nem foram pressionadas ou trazidas à força do Brasil. Isso nunca aconteceu. A intenção não era vender sexo", defendeu-se. Os dois espaços comandados por ela estavam localizados em Lisboa e Cascais, e ofereciam serviços tanto para clientes individuais quanto para casais.
Apesar das alegações de inocência, Beka segue sendo investigada pelas autoridades portuguesas, que a monitoraram durante meses e acreditam na existência de uma rede de recrutamento de mulheres, muitas delas vindas do Brasil. Confrontada com o depoimento de dez mulheres que a acusam de liderar o esquema, ela foi categórica em sua resposta: "Que se apresentem no tribunal". Natural do Mato Grosso do Sul, Beka também compartilhou aspectos de sua origem, lembrando que sua mãe foi vítima de trabalho escravo na infância, o que, segundo ela, influenciou profundamente sua visão de mundo e sua luta por independência.