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Caso P. Diddy: O que acusação e defesa disseram na abertura de julgamento do rapper

Começou nesta segunda-feira, 12, o julgamento de Sean Combs, acusado de tráfico sexual; seleção do júri sofreu atrasos

12 mai 2025 - 17h18
(atualizado em 13/5/2025 às 21h44)
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Resumo
Começou, em Nova York, o julgamento de Sean Combs, o rapper P. Diddy, acusado de tráfico sexual, com defesa e acusação apresentando argumentos iniciais e previsão de duração de pelo menos oito semanas.
Sean "Diddy" Combs luta contra uma série de acusações de abuso sexual
Sean "Diddy" Combs luta contra uma série de acusações de abuso sexual
Foto: Thaddaeus McAdams/WireImage/Getty Images

O julgamento de Sean Combs, também conhecido como P. Diddy, começou efetivamente nesta segunda-feira, 12, e tem previsão para durar ao menos oito semanas. No Tribunal Federal de Manhattan, Nova York, acusação e defesa realizaram suas declarações iniciais durante o período da manhã, após os membros do júri terem sido finalmente escolhidos e prestado juramento.

O rapper, produtor e empresário responde a acusações federais que envolvem tráfico sexual, coação, distribuição de drogas e uso de armas de fogo. O caso é conduzido pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que afirma ter evidências de que Diddy liderou uma rede sofisticada de exploração sexual por mais de duas décadas. Se condenado, ele pode passar o resto da vida na prisão.

Devido à natureza das acusações, o julgamento não poderá ser filmado ou fotografado - mas haverá cobertura da imprensa e cenas do tribunal poderão ser ilustradas.

O que disse a acusação

De acordo com a Variety, a declaração inicial da acusação, conduzida pela promotora Emily A. Johnson, descreveu Combs como um empresário poderoso que usou fama e poder para estuprar, agredir e abusar de várias pessoas por décadas, com ajuda de seu círculo íntimo de funcionários para encobrir crimes.

A apresentação destacou o caso de Casandra "Cassie" Ventura, ex-namorada do rapper que teria sido vítima de exploração sexual e então ameaçada com vídeos registrados por ele durante festas apelidadas de "freak-offs" - maratonas sexuais organizadas pelo rapper em suítes de hotéis de luxo, geralmente gravadas.

"Este caso não se trata das preferências sexuais privadas de uma celebridade", afirmou a promotora, acrescentando que os atos de Diddy foram "coercitivos e criminosos". A acusação ainda estabeleceu o suposto abuso de Cassie como "a ponta do iceberg" do comportamento ilegal de Combs. Outras vítimas foram rapidamente mencionadas na abertura. Maiores detalhes serão expostos ao longo do julgamento.

O que disse a defesa de Diddy

Também segundo a Variety, a advogada de Diddy, Teny Geragos, argumentou em declaração inicial que o governo americano está tentando transformar em caso de tráfico sexual as "escolhas voluntárias de adultos". "É sobre a vida sexual privada e pessoal de Sean Combs. O governo não tem lugar no quarto deste homem", disse.

Falando diretamente ao júri, ela enfatizou que o rapper era uma pessoa desonesta e, às vezes, violenta, que traía e mentia para suas múltiplas parceiras. Então, pediu aos jurados para que considerem se Diddy é culpado das acusações federais, e não julgá-lo pelo seu caráter. "Ele não é acusado de ser mau. Ele não é acusado de ser um babaca", disse. "Vocês devem saber do amor dele por óleo de bebê. Isso é um crime federal? Não", falou a advogada em determinado momento.

A defesa mencionou o vídeo de câmera de segurança que mostra Combs agredindo Cassie Ventura no corredor de um hotel, uma das principais provas do caso, qualificando o comportamento do rapper como "indefensável, horrível, desumanizante e violento", mas reforçou o argumento de que aquilo não seria evidência de tráfico sexual. "Assumimos total responsabilidade que houve violência doméstica neste caso. Violência doméstica não é tráfico sexual", alegou a defesa.

Atraso na seleção do júri

A seleção do júri teve início na segunda-feira da semana passada, 5, e enfrentou atrasos. Por receio de que os jurados desistissem de um caso de grande repercussão, a seleção foi minuciosa. O juiz Arun Subramanian questionou os candidatos sobre uma série de temas, inclusive o tipo de música que costumam ouvir.

Aqueles que alegaram que poderiam ser tendenciosos em relação ao caso foram dispensados. O grupo final, composto por 12 jurados e seis suplentes (oito homens e quatro mulheres), afirmou que permanecerá imparcial e evitará ler sobre o caso e discuti-lo fora do tribunal.

Estadão
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