Ator de ‘Vale Tudo’ foi morto em ponto de ônibus e deixou filho com futura influencer de direita
Fernando Almeida se destacou como artista mirim na Globo, mas perdeu espaço na TV
Dois tiros na cabeça encerraram a vida e a carreira do ator Fernando Almeida na madrugada de 4 de abril de 2004. Ele tinha 29 anos.
Deixou um filho, Samuel, de seu casamento com a atriz Antônia Fontenelle, hoje influenciadora de direita e radicada nos Estados Unidos.
Dos amigos famosos da TV, apenas André Gonçalves compareceu ao velório e enterro.
O motivo da violência seria retaliação por uma briga em um baile funk, horas antes. Os culpados pelo homicídio nunca foram punidos.
De origem pobre, Fernando se destacou com o personagem Gibi, parceiro de Pardal (Tony Ramos) na novela ‘Livre Para Voar’, de 1984.
A repercussão de seu talento gerou convite para ‘Sinhá Moça’. Na sequência, foi escalado para ‘O Outro’. Em 1988, ele chegou ao horário das 20h vivendo o garoto de rua Gildo em ‘Vale Tudo’.
Após cometer um assalto na frente de Raquel (Regina Duarte), o menino acaba acolhido pela cozinheira. Tornou-se seu protegido. Em uma cena, ele é vítima do racismo de Maria de Fátima (Gloria Pires), que o chama de “negrinho”.
No remake, a autora Manuela Dias mudou o gênero do personagem. Gilda (Letícia Vieira) entra na novela no capítulo desta quinta-feira (10).
Com irresistível carisma, Fernando Almeida fez outros trabalhos na Globo, a exemplo de ‘Lua Cheia de Amor’, 'Pedra Sobre Pedra’ e ‘Malhação’.
No final da década de 1990, as oportunidades rarearam. Ele chegou a ficar sem dinheiro, já que nunca teve salário alto na emissora e, por isso, foi impossível fazer economia.
Quando morreu tragicamente, estava havia três anos longe do canal que o projetou. Segundo amigos, enfrentava depressão e, ao mesmo tempo, alimentava a esperança de voltar aos bons tempos na Globo.
