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Estrelas de "Ficção Americana" esperam que sucesso do filme seja uma lição para Hollywood

6 fev 2024 - 17h07
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Os atores de "Ficção Americana" Jeffrey Wright e Sterling K. Brown, e o diretor, Cord Jefferson, esperam que as cinco indicações do filme ao Oscar e a recepção entusiástica do público ajudem a mudar algumas atitudes em Hollywood. 

Escrita por Jefferson, a comédia dramática é baseada no livro "Erasure", de Percival Everett, lançado em 2001 e tem como foco Thelonious "Monk" Ellison, um professor e escritor que não consegue publicar seu novo romance literário. Mas, por brincadeira, ele escreve um livro "negro" escandalosamente estereotipado — e torna-se um sucesso imediato. 

O filme também teve um lançamento de sucesso, ganhando o prêmio "People's Choice" em setembro no Festival Internacional de Toronto, onde estreou. Concorre ainda a melhor filme e melhor roteiro adaptado no Oscar. Wright e Brown foram indicados a melhor ator e melhor ator coadjuvante, respectivamente. A trilha sonora da compositora Laura Karpman também recebeu um aceno da Academia. 

Mas tirar o projeto do papel foi um desafio, disse Jefferson, que fez sua estreia como diretor no filme. 

"Muitas pessoas não queriam financiá-lo. Felizmente, encontramos parceiros maravilhosos que conseguiram fazer o filme conosco, mas a maioria das pessoas às quais enviamos o filme não queria ter nada a ver com ele", disse Jefferson, cujos créditos de roteirista incluem séries de TV como "Watchmen" e "The Good Place". 

"Espero que seja uma lição, que sirva como uma espécie de exemplo para Hollywood no futuro, quando estiverem nervosos sobre o financiamento de algo que seja um pouco diferente", disse Jefferson, 42 anos. 

O filme usa o humor para lidar com temas de raça, trauma familiar, perda e aceitação. Thelonious Ellison e sua família lutam contra seus próprios problemas enquanto lidam com as expectativas colocadas sobre eles como uma família negra nos Estados Unidos. 

As experiências de Ellison ressoaram em Wright. Mas embora o ator diga que não ache a trajetória do personagem rara, é menos comum ver essa jornada retratada na tela. 

"O filme é parcialmente sobre isso, há uma ampla gama de experiências, experiências negras que estão fora dos limites estreitos daquilo que muitas vezes nos oferecem", afirmou.  

"Reconheçamos a amplitude da experiência negra e talvez descubramos que, sabe, é como qualquer outra experiência." 

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