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Série 'Conexões' mergulha na geopolítica da guerra civil síria, no terrorismo e na contra-espionagem

Produção da Apple TV+ traz Vicent Cassel como um mercenário e Eva Green no papel da secretária particular do ministro da Segurança britânico

27 fev 2023 - 15h11
(atualizado às 15h35)
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THE NEW YORK TIMES - Muito sobre a nova série da Apple TV+, Conexões, dependia de Eva Green e Vincent Cassel se darem bem. Seus personagens compartilham uma história apaixonada, então ajudaria consideravelmente se os dois atores franceses, cujas carreiras nunca se cruzaram, fossem pelo menos um tanto simpáticos.

"Todo mundo estava um pouco nervoso, mas Vincent teve um golpe de gênio", disse a criadora do programa, Virginie Brac, em uma entrevista em vídeo. Cassel apareceu em seu primeiro encontro com uma foto de seu pai, Jean-Pierre Cassel, e a mãe de Green, Marlène Jobert, posando juntos na década de 1960. Ambos os pais foram grandes estrelas de cinema na França, e a foto foi tirada quando eles estavam participando da peça de Peter Shaffer Black Comedy, em Paris.

"Eles estavam ótimos e obviamente se dando bem, então Eva caiu na gargalhada", continuou Brac.

O gelo foi quebrado.

"Foi interessante perceber que, de alguma forma, temos um passado comum", disse Cassel em uma videochamada recente de Paris. "Meu pai morreu e ela ainda tem a mãe, mas teria sido divertido para eles ver que estamos trabalhando juntos agora."

Faz muito tempo. Cassel, aos 56 anos, tem sido muito atuante no cinema francês desde seu papel de destaque há quase três décadas, como um jovem alienado em O Ódio (1995). O público americano pode conhecê-lo melhor como um coreógrafo manipulador em Cisne Negro, de Darren Aronofsky, e um vilão mega-rico na série da HBO Westworld.

Green estourou com sua estreia cinematográfica em Os Sonhadores, de Bernardo Bertolucci (2003), e não parou desde então, com papéis memoráveis como a agente dupla Vesper Lynd em Cassino Royale e em três temporadas da série de terror Penny Dreadful.

Cassel tentou trabalhar com Green por 15 anos - pelo menos, ele insistiu, desde O Inimigo Público nº 1, filme de 2008, para o qual ele esperava contar com ela. Ele finalmente a encontrou em Conexões, thriller de espionagem romântico de seis episódios que estreou na sexta-feira, 24. Green interpreta Alison, uma secretária particular do ministro da Segurança britânico. Cassel interpreta Gabriel, um mercenário que trabalha para uma organização estrangeira que incomoda Alison.

A série também ajudou Cassel a se aproximar de Green - embora de uma maneira muito mais divertida.

"Vincent é extremamente intenso e você sai da sua zona de conforto, o que eu amo", disse Green, 42 anos , por telefone quando estava a caminho de uma sessão de fotos na Grécia. "Ele tem uma energia louca que é contagiante. E também é muito engraçado. Vincent não se leva a sério e não é um ator trivial."

Anunciado como a primeira produção anglo-francesa para a Apple TV+, Conexões é um programa poliglota que atravessa fronteiras e mergulha na geopolítica tensa, na guerra civil síria, no terrorismo e na contra-espionagem - fãs de programas como 24 e Homeland irão adorar - e onde o segundo relacionamento mais acalorado é o triângulo de amor e ódio da Grã-Bretanha, França e União Europeia.

A história, de Brac, é original. Cassel se envolveu no programa em um estágio bastante inicial e teve um papel ativo em seu desenvolvimento.

"Eu queria fazer parte do processo de produção para não ser surpreendido por nenhuma das escolhas que seriam feitas mais tarde", disse.

Além da definição do elenco, ele se interessou por quem acabaria na cadeira de diretor. Quando o nome do veterano da TV Stephen Hopkins (24, House of Lies) surgiu, Cassel lembrou que eles se conheceram e se deram bem quando Hopkins dirigiu o thriller Sob Suspeita, de 2000, estrelado por Monica Bellucci, então esposa de Cassel.

O envolvimento de Cassel continuou no set.

"Pedi permissão a Virginie para ajustar as coisas aqui e ali", disse ele. "Eu não queria criar algum personagem de super-herói ou algo assim. Acredite ou não, eu queria que meu personagem fosse muito francês - na verdade, um anti-herói francês em vez de um espião corajoso e perfeito."

Estadão
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