How to Be a Carioca: série quer ensinar como sobreviver ao Rio de Janeiro. Será uma tarefa possível?
Em streaming no Star+, produção com Seu Jorge, Douglas Silva e Débora Nascimento retrata estrangeiros da Alemanha, Argentina, Israel, Angola e Síria tentando se virar como podem no Rio
Se você procurar pelo livro que inspirou a série How to Be a Carioca, que chegou ao Star+, vai estranhar quando encontrar um guia. Isso mesmo, um guia. Afinal, a obra da norte-americana Priscilla Ann Goslin é um texto de humor em que analisa as situações que viu e viveu no Rio de Janeiro e as traduz para que estrangeiros saibam se virar na Cidade Maravilhosa. O que a série faz, então, é encontrar meios de deixar isso mais divertido.
O resultado são seis episódios de 40 minutos cada, onde estrangeiros da Alemanha, Argentina, Israel, Angola e Síria tentam se virar como podem no Rio. Cada um enfrenta um problema: luto, preconceito, amores desencontrados. Tudo inspirado no guia de Goslin.
"Em 2008, vi uma estante com vários livros e um deles estava um pouco destacado, pra frente, meio que se oferecendo pra mim. Eu devolvia o livro pra prateleira e ele voltava", conta o produtor Diogo Dal ao Estadão, sobre o primeiro contato com o guia.
Foi aí que Diogo encontrou Joana Mariani, outra produtora e diretora geral, e a grande surpresa da série: Carlos Saldanha, que assina a direção artística de How to Be a Carioca. Ele, que também é do Rio, fez carreira no cinema de animação, mas estava em busca de um projeto com atores reais para aumentar o repertório e se desafiar em novas áreas.
"Eu gosto de contar histórias e criar personagens. No mundo da animação, eu sempre fico me perguntando o motivo de estar fazendo uma animação. Aí entrei nessa fase de explorar novos personagens e surgiu a possibilidade de criar histórias para live-action", diz Saldanha. "Tinha vontade de trabalhar com atores e contar histórias nem tão focadas para a família", completa.
Débora, aliás, não é carioca. Nasceu em Suzano, em São Paulo. Douglas, afinal, conseguiu aplicar vivências de sua vida no personagem. Mas e ela, em uma série tão carioca? Foi difícil viver uma carioca? "Moro no Rio há 12 anos. Minha filha é carioquinha, com sotaquezinho carioca. Escolhi morar no Rio de Janeiro, pela qualidade de vida, pela natureza, pelo jeitinho carioca", diz. "Meu trabalho foi resgatar minha paixão pelo Rio".