"Eu punia a mim mesma": Demi Moore relembra sofrimento com padrões de beleza - e A Substância reflete isso de forma brilhante
Demi Moore foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz por sua performance vulnerável e brutal em A Substância.
Poucos atores podem realmente dizer que um papel conversa diretamente com a sua vida. Demi Moore é uma dessas excepcionalidades que, por razões infelizes, teve sua verdadeira trajetória em Hollywood quase que encarnada na trama do body horror indicado ao Oscar, A Substância.
Na pele da personagem Elizabeth Sparkle, uma estrela de cinema em declínio, Moore vive as consequências trágicas da ambição pela juventude e pela perfeição, algo não muito diferente do que passou pessoalmente durante o auge de sua carreira.
"Eu me torturava. [Fazia] coisas malucas como andar de bicicleta de Malibu até a Paramount, que fica a cerca de 41 quilômetros [de distância]", comentou a atriz numa entrevista para a People. "Tudo porque eu colocava muito valor na minha aparência exterior"
Aberta sobre sua experiência com dietas e rotina extrema de exercícios para manter o que considerava ser a "correta forma hollywoodiana", Moore admitiu ainda que era "muito dura e tinha uma relação muito mais antagônica com meu corpo. Eu estava realmente punindo a mim mesma"
Para a atriz de clássicos dos anos 90 como Striptease, Ghost e Proposta Indecente, o limite para essa obsessão veio depois de precisar se preparar fisicamente para o papel da tenente Jordan O'Neill em Até o Limite da Honra:
Eu já tinha transformado meu corpo múlti…