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Duvall e Downey Jr. protagonizam duelo de pai e filho em "O Juiz"

10 out 2014 - 11h39
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Robert Downey Jr. deixa de lado o figurino de super-herói em "O Juiz", um drama familiar no qual interpreta o filho de um magistrado, Robert Duvall, que termina como réu em um julgamento.

O filme, dirigido por David Dobkin e que muitos apontam como potencial indicado ao Oscar, estreia nesta sexta-feira nos Estados Unidos e no dia 16 de outubro nos cinemas brasileiro.

Downey Jr. é Hawk Palmer, um advogado brilhante que se vê obrigado a retornar para a cidade natal após a morte da mãe, situação que relembra as feridas do passado durante o reencontro familiar.

O ilustre juiz Joseph Palmer (Duvall) aparece como um homem implacável, dono da verdade e que faz questão de transmitir o rancor em relação ao filho a cada palavra e olhar.

Os xarás foram uma dupla poderosa, que mantém o clima tenso até a última cena, resultado de uma grande cumplicidade.

"Há muito tempo eu queria trabalhar com Bobby, mas no primeiro dia de ensaio o coração chegou a doer com o batimento acelerado", afirmou Downey Jr., o ator mais bem pago de Hollywood graças a filmes como "Homem de Ferro", "The Avengers" e "Sherlock Holmes".

"Já eu não sabia quem ele era", responde um bem humorado Duvall, de 83 anos, vencedor do Oscar em 1984 por "A Força do Carinho" e indicado outras cinco vezes ao prêmio.

O veterano ator elogiou desafio de filmar certas cenas com alto teor emotivo.

"É um dos projetos mais ambiciones em que estive desde 'Apocalypse Now' (1979)", afirmou Duvall, que para muitos será presença certa no Oscar de 2015 na categoria ator coadjuvante.

Os surpreendentes problemas do juiz Palmer com a justiça obrigam pai e filho e a enfrentar as divergências e buscar uma nova via de comunicação.

"Foi duro ter que interpretar tantas emoções", destacou Downey Jr.

O ator disse que o mais difícil foi conseguir convencer Joseph a voltar a confiar em Hawk e receber ajuda durante o julgamento.

"Há muita repressão entre os dois homens", afirmou Susan Downey, produtora do filme e esposa de Robert Downey Jr.

"Os dois personagens percorrem um caminho muito profundo, entre seus problemas pessoais, seu passado e ao admitir seus erros", completou a produtora.

Ela também disse ter ficado muito feliz por participar em um projeto "sem pressão para ser desenvolvido".

Mas o magistrado não cede e escolhe como advogado de defesa o ingênuo e inexperiente C.P. Kennedy, interpretado por Dax Shepard, que deve enfrentar a malícia do promotor Dwight Dickham, interpretado por Billy Bob Thornton.

Paralelamente ao julgamento, Hawk faz uma viagem ao passado e uma análise do presente.

Seu amor de juventude, Samantha Powell, interpretada por Vera Farmiga, continua no mesmo lugar em que ele a deixou quando viajou para a universidade, enquanto seus irmãos Glen (Vincent D'Onofrio) e Dale (Jeremy Strong) falam sobre como teria sido a sua vida na cidade.

A história tem muito do diretor e de um dos roteiristas, Nick Schenk, que enfrentaram com pouco tempo de diferença a perda da mãe e o início de uma nova dinâmica na relação com os pais.

"Quando minha mãe faleceu, considerei muito interessante como as relações familiares tinham que ser reconstruídas. Ela era o vínculo entre todos", explicou Dobkin.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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