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'A Verdade Nua e Crua': quando um cafajeste pode ser bom

18 set 2009 - 09h11
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Quantos filmes invocando a eterna guerra dos sexos ou a idéia de que os homens são de Marte e as mulheres de Vênus já foram feitos? Inúmeros, centenas? Mesmo com temas recorrentes, as comédias românticas - hollywoodianas ou não - têm sucesso garantido nas bilheterias. Talvez porque muitas e muitos espectadores desejam, um dia, ver a paz e a harmonia reinando entre esses dois mundos conflitantes e, com isso, tragam a resposta para as suas pelejas amorosas diárias.

Cena do filme 'A Verdade Nua e Crua'
Cena do filme 'A Verdade Nua e Crua'
Foto: Sony Pictures / Divulgação

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O certo é que, desde quando Doris Day reinava absoluta como a rainha do gênero, os filmes que no final selam o destino de um homem e uma mulher - que no início da história estavam às turras - com um apaixonado e longo beijo estão entre os mais rentáveis das temporadas cinematográficas.

Este ano, o fofo (mas também ácido) A Proposta, com Sandra Bullock e Ryan Reynolds, já rendeu mais de US$ 271 milhões de dólares em três meses de exibição (e está a cerca de US$ 100 milhões do recordista do gênero, Casamento Grego, de 2002, que arrecadou US$ 368,7 milhões). O filme de Meg Ryan (a heroína loira com cara de ingênua mais amada de todos os tempos), como protagonista, que mais rendeu nas bilheterias do mundo foi Mensagem para Você: mais de US$ 250 milhões. No longa, ela briga o tempo inteiro com o personagem de Tom Hanks e, depois de muita queda de braço, acaba se apaixonando por ele.

Nesta sexta-feira (18), na esteira dos filme ora lacrimosos ora hilariantes sobre a infinda busca do amor perfeito, estreia o delicioso A Verdade Nua e Crua, estrelado pela loiríssima Katherine Heigl - forte candidata ao reinado de Meg Ryan (que por sua vez substituiu Doris Day) - e pelo charmoso Gerard Butler. Nos Estados Unidos, onde estreou em julho, já rendeu mais de US$ 104 milhões.

A verdade pode ser divertida

Na pele da inteligente, dedicada e delicada Abby Richter, produtora de uma emissora de TV de Sacramento, Katherine terá de lidar com o grosseirão Mike Chadway (Butler) - shape perfeito para o estereótipo do homem "brústico" (bruto com rústico), mas lindo. Mike emplaca, no "Jornal Hoje" local, seus comentários nada convencionais (mas hilários) sobre relacionamentos entre homem e mulher, no melhor estilo "marciano tosco baixa em Vênus com um tradutor Babylon".

Apesar do argumento manjado, não é só "mais um filme de 'mulherzinha'" com previsível final feliz (mesmo que isso aconteça). A Verdade Nua e Crua é uma divertidíssima e inteligente aula de como as mulheres podem ouvir e entender melhor os homens e vice-versa. A idéia é, com esse conhecimento em mãos, ensinar a ambos os "sexos frágeis" a não enterrar seus namoros e casamentos antes do fim do primeiro tempo.

O guru da história é o bronco e sábio Mike que diz que homem gosta mesmo é de peitos e bundas - além, é claro, de transar -, e que não está nada interessado em saber se as mulheres são capazes de identificar o número de pinceladas de um Monet ou a composição dos acordes dissonantes das peças musicais de Philip Glass. A premissa rende boas cenas entre Butler e Katherine.

No fim das contas, os ensinamentos de Mike irão dobrar a irredutível Abby, que lucrará bastante com as, aparentemente toscas, lições e provará do poder da eficiente filosofia de bar do colega machão. No entanto, uma reviravolta se avizinhará no horizonte do solteiro inveterado ¿ claro, senão não seria uma típica comédia romântica, que é exatamente a vocação do filme (portanto, não compre o ingresso achando que estará diante de um filme denso de Lars Von Trier. Para essas pessoas, recomendo Anticristo, ainda em cartaz).

Muita gente pode achar que nada se extrai do machismo retumbante e cafajeste de Mike - que, no fundo, prega a tolerância com as diferenças. Essas pessoas, com certeza, ou ficarão sozinhas no fim da vida ou logo, logo terão a verdade nua e crua de seus relacionamentos estampada para todos verem.

Fonte: Redação Terra
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