65 anos depois, este faroeste ainda é um dos melhores filmes da história
A passagem verídica foi adaptada para o cinema por John Ford.
No final da década de 1950, John Ford e John Wayne estavam completamente no auge da fama. O primeiro astro já tinha uma longa carreira, e o segundo era o ator número um nas bilheterias norte-americanas há pelo menos uma década.
Foi com este contexto favorável que esta dupla se tornou extremamente produtiva: eles já tinham trabalhado juntos em mais de dez longas-metragens, incluindo alguns dos maiores filmes de faroeste de Hollywood. Então, em 1959, investiram em mais um filme. Pela primeira vez em sua carreira, John Ford decidiu focar na Guerra Civil – assunto que quis abordar no projeto The Valiant Virginians, rejeitado pelos estúdios.
Em 'Marcha de Herois', o cineasta se inspira em uma história verdadeira: a do coronel Grierson, que em 1863, durante a Guerra da Secessão, nos EUA, liderou uma brigada 1.000 quilômetros atrás das linhas inimigas para destruir o máximo de equipamentos possível e desviar a ofensiva para Vicksburg.
Três anos depois de 'Rastros de Ódio', Ford volta ao gênero faroeste, ao assinar uma obra sobre a glória da cavalaria norte-americana, como conseguiu fazer no passado. No entanto, 'Marcha de Heróis' confirma um ponto de virada na sua carreira, com a sua visão mais sombria e ambígua da natureza humana.
Além das peças de bravura (a 'Batalha de Newton', em particular), a interpretação do filme também é notável, dominada pelo carismático John Wayne n…
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