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Quiumba, curimba, mojubá: o que significa expressões do samba do Salgueiro

O samba-enredo "Salgueiro de Corpo Fechado" está em alta e figura em parada viral do Spotify Brasil

18 fev 2025 - 04h59
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Salgueiro lidera tendo o samba-enredo mais ouvido no pré-Carnaval
Salgueiro lidera tendo o samba-enredo mais ouvido no pré-Carnaval
Foto: Reprodução - Instagram/@salgueirooriginal

O samba-enredo da Acadêmicos do Salgueiro teria feito a influenciadora digital Débora Peixoto desistir de desfilar pela escola pelo fato de celebrar Exu, mas já atinge um montante milionário de plays nas plataformas de música. Salgueiro de Corpo Fechado homenageia a entidade que é comum em religiões de matriz africana e desponta atualmente como o samba-enredo mais reproduzido no Spotify, onde acumula 1,2 milhão de streams. Na letra, há algumas expressões de cunho religioso, a exemplo de quiumba, curimba e mojubá. Aqui, o Terra te explica o que elas significam!

Quiumba

A expressão, comumente utilizada na Umbanda, refere-se a espíritos que estão presos à terra por ainda não terem evoluído o suficiente para encontrarem seu caminho. Os quiumbandas, como também são nomeados, são dados como espíritos sem luz.

Curimba

Na natureza, é o nome de um peixe, mas no campo religioso diz respeito a um grupo de pessoas que tocam práticas musicais em rituais umbandistas. Além disso, pode se referir também ao instrumento de percussão dos terreiros de religiões afrodescendentes, como a Umbanda e o Candomblé.

Mojubá

Proveniente do dialeto Yorubá, quer dizer saudação. Prática que convida os envolvidos à compreensão, ao diálogo e ao encontro propriamente dito. A expressão pode também ser substituída por Exú Mojuba.

Confira a letra do samba-enredo de 2025 do Salgueiro:

Salve, seu Zé, que alumia nosso morro

Estende o chapéu a quem pede socorro

Vermelho e branco no linho trajado

Sou eu malandragem de corpo fechado

Macumbeiro, mandingueiro, batizado no gongá

Quem tem medo de quiumba não nasceu pra demandar

Meu terreiro é a casa da mandinga

Quem se mete com o Salgueiro, acerta as contas na curimba

Macumbeiro, mandingueiro, batizado no gongá

Quem tem medo de quiumba não nasceu pra demandar

Meu terreiro é a casa da mandinga

Quem se mete com o Salgueiro, acerta as contas na curimba

Prepara o alguidar, acende a vela

Firma ponto ao sentinela

Pede a bênção pra vovô

Faz a cruz e risca a pemba

Que chegou Exu Pimenta e a falange de Xangô

Tem erva pra defumar, carrego o meu patuá

Adorei as almas que conduzem meu caminho

É mojubá, marabô, invoque a Lua

Que o povo da encruza não vai me deixar sozinho

Sou herança dos malês, bom mandingo e arisco

Uso a pedra de corisco pra blindar meu dia a dia

No tacho, arruda e alecrim, ô

Bala de chumbo contra toda covardia

Tenho a fé que habita o sertão

De Lampião, o cangaceiro

Feito Moreno, eu vou viver

Mais de cem anos no meu Salgueiro

Tenho a fé que habita o sertão

De Lampião, o cangaceiro

Feito Moreno, eu vou viver

Mais de cem anos no meu Salgueiro

Sou espinho qual fulô de macambira

Olho gordo não me alcança

Ante o mal, a pajelança pra curar

Sempre há uma reza pra salvar

O nó desata, liberdade pela mata

E os mistérios do axé, meu candomblé

Derruba o inimigo um por um

Eu levo fé no poder do meu contra-egum

Salve, seu Zé, que alumia nosso morro

Estende o chapéu a quem pede socorro

Vermelho e branco no linho trajado

Sou eu malandragem de corpo fechado

Macumbeiro, mandingueiro, batizado no gongá

Quem tem medo de quiumba não nasceu pra demandar

Meu terreiro é a casa da mandinga

Quem se mete com o Salgueiro, acerta as contas na curimba

Macumbeiro, mandingueiro, batizado no gongá

Quem tem medo de quiumba não nasceu pra demandar

Meu terreiro é a casa da mandinga

Quem se mete com o Salgueiro, acerta as contas na curimba

Prepara o alguidar, acende a vela

Firma ponto ao sentinela

Pede a bênção pra vovô

Faz a cruz e risca a pemba

Que chegou Exu Pimenta e a falange de Xangô

Tem erva pra defumar, carrego o meu patuá

Adorei as almas que conduzem meu caminho

É mojubá, marabô, invoque a Lua

Que o povo da encruza não vai me deixar sozinho

Sou herança dos malês, bom mandingo e arisco

Uso a pedra de corisco pra blindar meu dia a dia

No tacho, arruda e alecrim, ô

Bala de chumbo contra toda covardia

Tenho a fé que habita o sertão

De Lampião, o cangaceiro

Feito Moreno, eu vou viver

Mais de cem anos no meu Salgueiro

Tenho a fé que habita o sertão

De Lampião, o cangaceiro

Feito Moreno, eu vou viver

Mais de cem anos no meu Salgueiro

Sou espinho qual fulô de macambira

Olho gordo não me alcança

Ante o mal, a pajelança pra curar

Sempre há uma reza pra salvar

O nó desata, liberdade pela mata

E os mistérios do axé, meu candomblé

Derruba o inimigo um por um

Eu levo fé no poder do meu contra-egum

Salve, seu Zé, que alumia nosso morro

Estende o chapéu a quem pede socorro

Vermelho e branco no linho trajado

Sou eu malandragem de corpo fechado

Como parte do Grupo Especial das escolas de samba do Rio de Janeiro, o Salgueiro desfila na noite de 3 de março (segunda-feira), sendo a terceira e penúltima escola da noite a se apresentar. Unidos da Tijuca, Beija-Flor de Nilópolis e Unidos de Vila Isabel se apresentam no mesmo dia.

Fonte: Redação Terra
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